São Paulo, domingo, 30 de maio de 2004

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ESPECIALIZAÇÃO

Previsão é decorrente de resolução de 2003 do Cofen que exige formação complementar

Auxiliar de enfermagem perderá mercado

Jefferson Coppola/Folha Imagem
Alunos do curso técnico de enfermagem têm aulas no Senac-SP


DA REPORTAGEM LOCAL

Um aumento gradativo nas vagas para técnicos, seguido de proporcional diminuição dos postos para auxiliares. Isso é o que deve acontecer no mercado de enfermagem nos próximos cinco anos.
O efeito é uma das conseqüências previstas pelo Coren-SP (Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo) à resolução do Cofen (Conselho Federal de Enfermagem) de julho de 2003.
De acordo com a medida, todos os auxiliares com diploma emitido após julho de 2003 ficam obrigados a buscar formação complementar de técnico até julho de 2008, sob pena de perderem o direito de atuar no mercado.
O objetivo é elevar o nível educacional da categoria para garantir a oferta de serviços com mais qualidade à população.
"Há uma crescente necessidade de mão-de-obra mais qualificada nesse setor. É preciso usar tecnologias modernas e estar apto a prestar novos formatos de assistência, como a domiciliar e a pré-hospitalar", esclarece o chefe do departamento de fiscalização do Coren-SP, Cláudio Alves Porto.

Atualização
Ainda de acordo com a resolução, auxiliares cuja data de formatura antecede julho de 2003 podem continuar atuando no mercado com registro nessa função. "Mas a tendência é que as vagas destinadas a quem tem essa formação diminuam cada vez mais."
Por essa razão, até quem não corre o risco de perder o diploma já está correndo para se atualizar. A formação complementar, em geral, requer 900 horas-aula. "Eu vou fazer. De que adianta ter um diploma válido se não vai ter mais vaga?", diz a auxiliar de enfermagem Adriana de Oliveira, 26, diplomada há quatro anos.
Processo semelhante ao vivenciado hoje pela categoria de auxiliar foi aplicado na década de 90 à hoje extinta função de atendente de enfermagem. "Eram pessoas que tinham apenas o ensino fundamental e constituíam a maior parte da mão-de-obra de enfermagem. Esses profissionais se tornaram auxiliares", diz Porto.


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