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São Paulo, quinta-feira, 01 de maio de 2003
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poucas e boas

Antidepressivo ajuda a abandonar vício

GUSTAVO PRUDENTE
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Um novo aliado de quem procura ajuda para parar de fumar já está no mercado há 30 anos. Trata-se do antidepressivo nortriptilina (Pamelor), tão eficiente e ainda mais seguro -além de três vezes mais barato- que a bupropiona (Zyban), atualmente usada no tratamento do tabagismo. É o que comprovou uma pesquisa do Hospital do Câncer de São Paulo, conduzida pela psiquiatra Célia Lídia da Costa e que rendeu um editorial na conceituada revista americana "Chest".
O estudo foi feito com 144 fumantes, dos quais 68 tomaram o medicamento e 76, placebo. Após seis semanas de medicação e orientação psicológica, 55,9% dos que consumiram o remédio largaram o vício; entre os que tomaram placebo, o número ficou em 23,3%.
Os efeitos colaterais, quando surgem, resumem-se a boca seca e a leve prisão de ventre. "Só é contra-indicado para quem tem problemas de condução de impulsos elétricos no coração, o que é pouco frequente", diz Costa. Por causar poucas alterações no organismo, é usado para tratar depressão em idosos e crianças. Para fumantes, age no sistema nervoso central, provocando a mesma sensação de saciedade produzida pela nicotina.
A psiquiatra, que atende regularmente 15 candidatos a ex-fumantes no Hospital do Câncer, prescreve o antidepressivo para casos moderados e severos de dependência. Aos demais, indica repositor de nicotina. Nesse caso, "o ideal é o adesivo, pois mantém o nível de nicotina estável o dia inteiro. Já as gomas de mascar estimulam o mesmo mecanismo de repetição do fumo, quando a droga baixa, a pessoa precisa de mais", diz.
O tratamento não pode ser feito a longo prazo e exige prescrição médica. Os antidepressivos e os repositores devem ser retirados gradualmente, logo que a pessoa pára de fumar. No caso da nortriptilina, o consumo se dá no máximo por seis semanas. Depois, diz a psiquiatra, a solução é ter autocontrole e acompanhamento psicológico. "Ainda são poucos os que sabem que existe tratamento. Quem tenta largar o cigarro sozinho pode sentir-se culpado por não conseguir e enganar-se com falsas promessas, como os filtros e os cigarros light."


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Chá para a imunidade
Sob ataque de microorganismos como bactérias e vírus, o sistema imunológico de quem bebe chá preto regularmente age cinco vezes mais rápido que o de uma pessoa que toma café. Essa constatação é de uma pesquisa da Universidade Harvard (EUA), que analisou a atividade celular de voluntários que beberam cinco xícaras de chá ou de café diariamente, por quatro semanas.

Células do dentinho
A polpa dos dentes de leite é rica em células-tronco, indica estudo publicado na revista científica "Proceedings of the National Academy of Sciences" (EUA). Os pesquisadores afirmam que é necessário estudar mais essas células, mas acreditam que, no futuro, elas poderão ser usadas para regenerar dentes, ossos e outros tecidos do corpo.

Descontos do bem
Quem comprar o "Livro de Descontos SP Premium" pagará menos em restaurantes, bares, academias, oficinas e cabeleireiros e, de quebra, ajudará a ADD (Associação Desportiva de Deficientes), que receberá parte da renda arrecadada com as vendas. Com centenas de cupons, o livro custa R$ 50 e pode ser adquirido em bancas de jornal ou pelo tel. 0/xx/11/3052-9726.

Ginseng inócuo
Segundo pesquisa publicada na revista "Medicine and Science in Sports and Exercise" (EUA), o consumo regular de ginseng não gera aumento de disposição nem ativa o sistema imunológico. Os pesquisadores não constataram diferença entre os voluntários que consumiram ginseng e aqueles que tomaram placebo.

Doe sangue
O hemocentro do Hospital São Paulo (HSP), ligado à Unifesp, precisa urgentemente de doadores de sangue. Além do HSP, ele abastece o Hospital do Rim e Hipertensão, a Maternidade Amparo Maternal e o Instituto de Oncologia Pediátrica. As doações podem ser feitas na rua Botucatu, 620, Vila Clementino, SP, de segunda a sábado, das 8h às 17h. Mais informações pelo tel. 0/xx/11/5539-2804.


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