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O poder do consumidor
Há um ano, a grife Viva
Vida, especializada em
moda feminina, tomou
uma decisão que contraria as tendências internacionais: trocou suas embalagens de papel por sacolas plásticas. O motivo
não foi custo, mas uma
tentativa de agradar aos
consumidores. "As clientes gostam de usar nossa
sacola como se fosse bolsa
e reclamavam da pouca
durabilidade do papel,
por isso resolvemos fazê-las de plástico, com cores e modelos diferentes a
cada coleção", explica
Paula Guimarães, coordenadora de comunicação
da empresa.
Os ecologistas admitem
que não é fácil abandonar
o uso do plástico, mas sugerem que se exija embalagens menos prejudiciais
ao meio ambiente.
A grife italiana Benetton
é um exemplo de que a
pressão dos consumidores dá resultado. A partir
deste ano, 90% das embalagens das lojas brasileiras
serão de papel reciclado
importado da Itália. Os
10% restantes continuarão sendo de plástico, destinados às liquidações.
"Na Itália, as sacolas são
de material reciclado há
quase 15 anos", afirma
Angelo Bindi, diretor-geral da empresa no Brasil.
"Os europeus não aceitam
esse desrespeito, nós aceitamos", diz Manuel Rolando Berrios, professor
do Instituto de Geociências e Ciências Exatas da
Unesp de Rio Claro (SP).
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