São Paulo, quinta-feira, 01 de julho de 2004
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poucas e boas

Maioria emagrece com balão intragástrico

ANTONIO ARRUDA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

O balão intragástrico é uma opção eficaz para pessoas que devem perder peso e que não conseguem emagrecer com dieta e exercícios. Na primeira pesquisa brasileira sobre essa técnica, 78% dos pacientes obtiveram um resultado considerado satisfatório, pois perderam mais de 20% dos quilos excedentes (ou 10% do peso total) após a colocação do balão.
Apresentado durante o congresso da Sociedade Americana de Cirurgia Bariátrica, no mês passado, o estudo foi coordenado pelo cirurgião gástrico José Afonso Sallet e envolveu 483 pacientes, agrupados de acordo com o IMC -índice de massa corporal, que é obtido dividindo-se o peso (em quilos) pelo quadrado da altura (em metros). Foram cinco grupos: os que tinham IMC entre 25 e 30 (excesso de peso), entre 30 e 35 (obesidade leve), entre 35 e 40 (obesidade moderada), entre 40 e 50 (obesidade mórbida) e os com IMC acima de 50 (os chamados superobesos). "O grupo com IMC entre 25 e 30 perdeu, em média, 80% do excesso de peso, e o dos superobesos, 26%", explica Sallet.
Vazio, o balão é introduzido no estômago por meio de um procedimento semelhante à endoscopia digestiva e, em seguida, é inflado. "Ele causa uma distensão em uma região específica do estômago onde existem receptores que enviam mensagens ao cérebro que dão a sensação de saciedade", explica o especialista em cirurgias do aparelho digestivo Carlos Haruo, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
Os participantes da pesquisa ficaram com o balão por seis meses (tempo máximo permitido) e foram acompanhados por psiquiatra, nutricionista e profissionais de condicionamento físico. "O balão é um instrumento a mais para auxiliar na mudança de comportamento dessas pessoas. Sozinho, ele não geraria esses resultados", afirma Sallet.
O tratamento multidisciplinar deve ser mantido após a retirada do balão. "O paciente deve manter uma rotina de exercícios, controlar a alimentação e, em alguns casos, tomar medicamentos para permanecer no peso ou perder mais alguns quilos", diz Haruo.

Tabagismo está associado a 45% das mortes por infarto do miocárdio e 30% das mortes por câncer

Cidades ardentes As áreas urbanas serão as mais afetadas pelos efeitos do aquecimento global, sugere estudo britânico divulgado pela revista "New Scientist". A vegetação retém menos calor do que concreto e asfalto. Segundo os pesquisadores, atualmente as cidades liberam, em média, 20 watts de calor por metro quadrado; no futuro, essa quantidade subirá para 80 watts.

Recaída de anorexia Mulheres que foram submetidas a tratamento para anorexia correm um risco significativo de voltar a sofrer do distúrbio. Pesquisa da Universidade de Toronto (Canadá) com 51 anoréxicas registrou 35% de recaídas em um prazo de dois anos após a alta e a recuperação do peso.

Exercícios para disléxicos Baseado em sua própria experiência, o norte-americano Ronald D. Davis criou exercícios e estratégias para ajudar disléxicos como ele a superarem suas dificuldades. Esse método, já usado nos Estados Unidos e na Europa, é apresentado no livro "O Dom da Dislexia" (268 págs., R$ 35), que acaba de ser lançado pela Editora Rocco (tel. 0/xx/21/2507-2000).

Com e sem fumaça As diferenças entre uma família de fumantes e outra de não-fumantes são apresentadas nas tendas da campanha antitabagista promovida pelo Incor (Instituto do Coração, de São Paulo) e pelo laboratório Pfizer. Elas poderão ser vistas no Clube Espéria (3 e 4/7), no Shopping Metrô Tatuapé (de 5 a 9/7) e no aeroporto de Cumbica (de 12 a 16/7).

Sobre fertilidade Homens e mulheres podem checar como está a capacidade reprodutiva em um teste disponível na internet (http://www.fertility.com.br/teste_online.asp). O questionário avalia fatores de risco para fertilidade, comunidade, consumo de álcool e drogas, doenças sexualmente transmissíveis e obesidade.


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