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Ingrediente
Ervilha tem alto teor de proteínas
RACHEL BOTELHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Rica em proteínas, a ervilha não deve faltar
no prato dos vegetarianos. Além disso,
contém outras propriedades
importantes mesmo para quem
não faz parte desse grupo: é
fonte de vitaminas A, do complexo B e C e de sais minerais
como manganês e ferro. Basta
prestar atenção nas calorias: há
336 em 100 g da leguminosa.
Segundo Warley Marcos
Nascimento, pesquisador da
Embrapa (Empresa Brasileira
de Pesquisa Agropecuária)
Hortaliças, existem diferentes
grupos de ervilha no mercado:
as industrializadas (grãos secos
para reidratação e farináceos,
grãos secos partidos para sopas
e grãos verdes enlatados ou
congelados), os grãos verdes
debulhados, a vagem comestível (conhecida por ervilha-torta) e a ervilha forrageira (para
adubação verde e alimentação
animal). "Sem dúvida, a ervilha
seca reidratada é a mais consumida, com um custo mais baixo
para o consumidor brasileiro."
Os maiores produtores são a
Índia, a China e os Estados Unidos. A produção nacional se
concentra nos Estados de Minas Gerais e São Paulo, e é estimada em 10 mil a 12 mil toneladas anuais. A importação também é considerável: em 2006,
foram 30 mil toneladas, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério
do Desenvolvimento, Indústria
e Comércio Exterior.
Nativa da Ásia ocidental, a ervilha teria sido cultivada por
gregos e romanos e levada à Índia, onde goza de popularidade
até hoje. Durante a Idade Média, era cobiçada entre os pobres da Europa por ser barata,
saciar a fome e fornecer bom
aporte de proteínas. No fim do
século 19, quando vegetais
enlatados se tornaram comuns,
figurava entre os mais populares. Mais tarde, os escoceses a
veneravam a ponto de consumi-la até com espaguete.
De aparência bem diferente
da ervilha comum, a ervilha-torta é macia e costuma ser
desprovida de grãos. Suas vagens firmes e brilhantes devem
ser cozidas al dente, mas também podem ser fritas em manteiga com salsa e cebolinha. Famosa no mundo todo, a francesa "petit-pois" não é uma variedade à parte, mas bolinhas colhidas ainda muito pequenas.
O livro "A Cura pela Comida"
(ed. Seleções) sugere algumas
maneiras de usar a leguminosa:
cozinhar no vapor, misturar
com requeijão e rechear batatas assadas; acrescentar ao abacate e aos outros ingredientes
do guacamole; incrementar o
recheio do sanduíche de atum
ou frango etc.
Uma dica, que serve para outras hortaliças: a cocção deve
ser rápida para preservar sua
cor e a textura crocante.
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