São Paulo, quinta-feira, 03 de abril de 2008
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Ingrediente

Ervilha tem alto teor de proteínas

RACHEL BOTELHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Rica em proteínas, a ervilha não deve faltar no prato dos vegetarianos. Além disso, contém outras propriedades importantes mesmo para quem não faz parte desse grupo: é fonte de vitaminas A, do complexo B e C e de sais minerais como manganês e ferro. Basta prestar atenção nas calorias: há 336 em 100 g da leguminosa.
Segundo Warley Marcos Nascimento, pesquisador da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) Hortaliças, existem diferentes grupos de ervilha no mercado: as industrializadas (grãos secos para reidratação e farináceos, grãos secos partidos para sopas e grãos verdes enlatados ou congelados), os grãos verdes debulhados, a vagem comestível (conhecida por ervilha-torta) e a ervilha forrageira (para adubação verde e alimentação animal). "Sem dúvida, a ervilha seca reidratada é a mais consumida, com um custo mais baixo para o consumidor brasileiro."
Os maiores produtores são a Índia, a China e os Estados Unidos. A produção nacional se concentra nos Estados de Minas Gerais e São Paulo, e é estimada em 10 mil a 12 mil toneladas anuais. A importação também é considerável: em 2006, foram 30 mil toneladas, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Nativa da Ásia ocidental, a ervilha teria sido cultivada por gregos e romanos e levada à Índia, onde goza de popularidade até hoje. Durante a Idade Média, era cobiçada entre os pobres da Europa por ser barata, saciar a fome e fornecer bom aporte de proteínas. No fim do século 19, quando vegetais enlatados se tornaram comuns, figurava entre os mais populares. Mais tarde, os escoceses a veneravam a ponto de consumi-la até com espaguete.
De aparência bem diferente da ervilha comum, a ervilha-torta é macia e costuma ser desprovida de grãos. Suas vagens firmes e brilhantes devem ser cozidas al dente, mas também podem ser fritas em manteiga com salsa e cebolinha. Famosa no mundo todo, a francesa "petit-pois" não é uma variedade à parte, mas bolinhas colhidas ainda muito pequenas.
O livro "A Cura pela Comida" (ed. Seleções) sugere algumas maneiras de usar a leguminosa: cozinhar no vapor, misturar com requeijão e rechear batatas assadas; acrescentar ao abacate e aos outros ingredientes do guacamole; incrementar o recheio do sanduíche de atum ou frango etc.
Uma dica, que serve para outras hortaliças: a cocção deve ser rápida para preservar sua cor e a textura crocante.


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