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Deficiente ganha intérprete em faculdade
DA REPORTAGEM LOCAL
São Paulo ganha finalmente a primeira instituição de ensino superior com serviço gratuito de intérprete para
alunos com deficiência auditiva. A instituição pioneira -as
Faculdades Domus-Rio Branco, mantidas pela Fundação de Rotarianos de São Paulo- atende três alunos
(um de pedagogia e dois
de letras).
Para a aluna de pedagogia Patrícia Irene van
Grasse, o sistema gratuito
de intérprete possibilitou
a realização de um sonho
antigo. "Não acreditei
que fosse verdade. Se a
faculdade não oferecesse
isso, eu teria que pagar
um intérprete do meu
bolso para continuar os
estudos", conta. Os serviços de intérprete geralmente custam entre R$
500 e R$ 600 por mês.
Há apenas duas outras
instituições no país que
dispõem de intérprete,
segundo a Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos: a
Universidade Luterana
do Brasil, em Canoas
(RS), e a Faculdade de
Administração, Ciências
e Letras de Curitiba (PR).
"As dificuldades fazem
com que o aluno desista.
Começamos há cinco
anos com apenas 4 estudantes. Hoje há mais de
50", diz Ottmar Marteske, diretor do Núcleo de
Estudos Surdos da Universidade Luterana do
Brasil.
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