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Registros de ordenha de animais têm 7.000 anos
RACHEL BOTELHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Embora as prateleiras
dos mercados estejam repletas de caixas
de leite e seus derivados, o brasileiro consome menos desses produtos do que o
indicado. A afirmação é de Jorge Rubez, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite.
Sexto produtor mundial,
com 25 bilhões de litros ao ano,
o Brasil tem um consumo per
capita de apenas 134 litros
anuais. "Está muito aquém das
necessidades de ingestão de
cálcio para evitar a osteoporose", afirma Rubez. Em comparação, o nível recomendado, de
200 litros per capita, já foi atingido na Argentina.
O leite de vaca responde por
99,9% do consumo nacional.
Os de cabra e de búfala têm alcance muito restrito, sendo
usados apenas para a fabricação de alguns tipos de queijo.
Entre os derivados de leite
mais consumidos, os queijos
perdem apenas para o leite em
pó. Depois dele, estão leite condensado, creme de leite, biscoitos, sorvetes, bebidas lácteas,
manteiga e iogurte.
Do leite fluido à venda no
país, 62% são encontrados em
embalagens longa vida, número que sobe para 83% no Estado
de São Paulo. O restante é leite
pasteurizado, aquecido a 75C,
e vendido em sacos plásticos ou
embalagens cartonadas.
Embora os tratamentos térmicos a que são submetidos os
diferentes tipos de leite industrializado comprometam uma
parte de seus nutrientes, eles
compensam pelo ganho em segurança alimentar, pois eliminam a maior parte das bactérias presentes na bebida.
Antes das técnicas de pasteurização e de refrigeração terem
sido desenvolvidas, não era
possível manter o leite fresco
por muito tempo.
Os registros mais antigos de
ordenha de animais são pinturas encontradas em cavernas
no Saara, com cerca de 7.000
anos de idade. Os sumérios
(3500 a.C.) e os egípcios também deixaram gravações mostrando o preparo de produtos
com leite coalhado.
O principal componente do
leite é a água. No caso do leite
de vaca, sua porcentagem chega a 87%. O açúcar, principalmente a lactose, responde por
5%. O conteúdo de gordura costuma ficar abaixo de 4%, e é ali
que se concentram as vitaminas A, D, E e K. O ingrediente
também contém amostras significativas de vitaminas do
complexo B e C.
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