|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Saúde
Por que as duas grandes causas não explicam tudo?
Há dois suspeitos principais quando se trata de
explicar a epidemia de
obesidade: o estilo de vida
acomodado do Ocidente
e as práticas de produção
e marketing da indústria
de alimentos.
Mas qualquer correlação causal entre eles e a
obesidade parece difícil
de comprovar. Um estudo recente realizado por
20 especialistas em obesidade dos Estados Unidos, Canadá e Itália concluiu que quaisquer indícios de que essas sejam as
causas principais da epidemia "são em larga medida circunstanciais".
Por exemplo, em 2000,
Benjamin Caballero e
seus colegas no programa
de prevenção da obesidade Pathways, administrado pela Escola de Saúde
Pública da Universidade
Johns Hopkins, recrutou
1.704 alunos indígenas
em 41 escolas norte-americanas e os designou
aleatoriamente para grupos experimentais e de
controle. O grupo experimental recebeu dieta melhor, mais atividade física
e aulas sobre comida e estilo de vida saudáveis. As
crianças foram estudadas
por três anos. Espantosamente, elas não demonstraram redução de seu índice de gordura corpórea.
A correlação entre assistir TV e obesidade nos
jovens foi comprovada
estatisticamente, mas
não é forte o bastante para fazer diferença em termos clínicos. E, embora
as pessoas obesas comam
porções maiores, não há
prova de que seja isso que
cause seus problemas.
Sabe-se que os dois
principais fatores de obesidade são importantes.
Mas faltam provas contra
eles, e muitas pessoas
acreditam que tenha chegado a hora de deixar de
presumir que sejam as
únicas causas dignas de
investigação.
Texto Anterior: Surpresa na balança Próximo Texto: Inspire-respire-transpire: Creche na academia Índice
|