Maria do Carmo/Folha Imagem

Pizza é uma paixão nacional. Embora não haja dados oficiais, estima-se que as vendas de pizza passem de um milhão todos os dias no Brasil. Segundo Ricardo Barros, diretor da associação Pizzarias Unidas, ligada à Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), o país é apontado como o segundo maior mercado consumidor do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.
Trazida por imigrantes napolitanos no final do século 19, a pizza está totalmente incorporada ao cardápio paulistano. Na Grande São Paulo, há cerca de 8.000 pizzarias regulamentadas e até uma data comemorativa para homenageá-la: 10 de julho.
Composta por uma massa redonda e achatada, coberta com os mais variados ingredientes, a pizza original é assada no forno a lenha, em temperatura de 400oC. Se nos primórdios a massa era servida apenas com ervas e azeite, hoje as coberturas são as mais variadas.
Embora seja, de forma geral, um alimento calórico, esse índice sofre grandes variações de acordo com o tipo de cobertura -e até mesmo de pizzaria para pizzaria. Por isso, é recomendável ficar atento na hora de escolher um pedaço. "Geralmente, as menos calóricas são as mais simples, como aliche, salmão e cogumelos", afirma o endocrinologista Mário Giovani Pradal.
Segundo ele, as pizzas de vegetais tendem a ter menor quantidade de proteínas e de gordura do que uma rica em queijos, como margherita ou quatro queijos. Para a nutricionista Cibele Crispim, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), esses fatores devem ser levados em consideração principalmente por diabéticos. "Como eles têm possibilidade maior de sofrer doenças cardiovasculares, é interessante comer a menos gordurosa possível: atum, ricota e escarola", diz.
Como a massa é rica em carboidratos, Pradal recomenda o consumo de, no máximo, dois pedaços, independentemente do sabor, mesmo para pessoas saudáveis. Crispim dá outra dica valiosa. "O azeite deve ser usado com cuidado, já que cada colher de sopa acrescenta cerca de 150 calorias ao prato."