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Zen e sem fotos
Em pleno Carnaval de 1997, ele trocou a
folia pela reflexão e pela busca espiritual.
"Eu estava com minha vida confusa, levando uma rotina carnavalesca em todas as
épocas do ano", conta o artista plástico e
arte-educador Francisco D"Oliveira, 48.
Em um sítio perto de São Paulo, reuniu-se
com um grupo de terapeutas para meditar.
"Eu estava muito voltado para fora, para o
externo, com uma série de indefinições; comecei até a tomar antidepressivo."
Depois de uma semana imerso em exercícios de meditação e alimentação natural,
sentiu os resultados. "Renovei o corpo, a
mente e o espírito. Para mim, o que chamamos de sagrado é o que existe dentro de cada um", acredita D"Oliveira.
Dois anos depois, em 1999, o roteiro em
busca da espiritualidade foi mais longo: 32
dias percorrendo o caminho de Santiago de
Compostela, na Espanha. "Nem câmera fotográfica eu levei. Não queria fazer turismo,
mas me encontrar. Durante o percurso, a
gente percebe que é justamente o caminhar
que importa, não o chegar", conta.
Essa descoberta veio em uma época em
que a vida de D"Oliveira estava "desestruturada". "Durante a viagem fui deixando várias coisas para trás; comecei esvaziando a
mochila; depois, fui abandonando pensamentos que me faziam mal. Lidar com a solidão faz a gente ver quais valores realmente importam em nossa vida. Foi um encontro com a simplicidade, com o que realmente é essencial."
(AA)
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