São Paulo, quinta-feira, 05 de dezembro de 2002 |
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pergunte aqui Catarata e astigmatismo
"Minha mãe tem 79 anos, usa óculos bifocais e tem catarata, atualmente estacionada. O médico mandou tirar o grau de astigmatismo de seus óculos, afirmando
que isso evitará que minha mãe sinta tonturas. Esse
procedimento está correto?"
A decisão do médico está correta, afirma o oftalmologista Victor Bastos Navarro da Cruz Filho, do
Hospital do Olho de Rio Preto (São José do Rio
Preto, SP). A catarata ocorre quando o cristalino
(lente natural do olho) perde a transparência. Já o
astigmatismo é causado por um defeito na curvatura da córnea ou do cristalino. Esse distúrbio pode variar bastante, causando alterações na visão
em curto espaço de tempo, explica o especialista.
Essas mudanças rápidas na visão podem provocar tonturas, o que justifica a retirada do grau de
astigmatismo dos óculos.
"No local onde trabalho, há muito barulho de trânsito
e da obra da construção de um shopping. Eu e outras
pessoas estamos tendo dores de cabeça diariamente.
Ao me deitar para dormir, ouço zumbido. Esses sintomas podem ter relação com o barulho? Estou grávida.
Esse inferno sonoro pode afetar a saúde do bebê?"
A exposição prolongada a altos níveis de ruído afeta o
corpo como um todo. Por isso quem convive com
barulhos intensos pode apresentar dores de cabeça e musculares e aumento da pressão arterial, por
exemplo. Os zumbidos podem permanecer mesmo depois que a pessoa deixa de ser exposta aos
ruídos, explica o médico Ivan Fairbanks Barbosa,
chefe de equipe de otorrinolaringologia da Beneficência Portuguesa (SP). A poluição sonora não
afeta os ouvidos do feto. Mas o estresse provocado
pelo excesso de ruídos poderá prejudicar a amamentação, alerta Barbosa.
"Tenho dúvidas sobre os anticoncepcionais que interrompem a menstruação. Eles têm algum efeito colateral? Provocam aumento de peso?"
Os métodos contraceptivos que podem interromper a
menstruação baseiam-se na administração contínua de um derivado da progesterona, um dos
hormônios femininos. De acordo com a ginecologista e obstetra Lucila Evangelista, do hospital Albert Einstein (SP), os principais efeitos colaterais
desses medicamentos são as próprias alterações
menstruais. "Nem sempre a menstruação pára; às
vezes, a mulher apresenta sangramento irregular
ou prolongado", afirma. Além disso, esse tipo de
anticoncepcional pode provocar acne e alterações
de humor, como depressão e irritabilidade. "Mas,
nas dosagens atuais, o aumento de peso é muito
raro", afirma Evangelista. |
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