São Paulo, quinta-feira, 05 de dezembro de 2002
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

poucas e boas

Saliva artificial já é produzida no Brasil

FREE-LANCE PARA A FOLHA

As pessoas que sofrem de xerostomia -secura na boca causada por diminuição ou ausência de saliva- já encontram nas farmácias e drogarias de todo o país uma saliva artificial de fabricação nacional. O novo produto substitui os medicamentos importados e as fórmulas manipuladas, que, até agora, eram as únicas opções para tratar o problema, conhecido popularmente como boca seca.
Produzido pelo laboratório Apsen, o Salivan é o primeiro produto brasileiro indicado para casos de xerostomia. O medicamento é feito com carmelose sódica. Com ação lubrificante, essa substância tem composição semelhante à da saliva humana, afirma o otorrinolaringologista Ivan Miziara, professor das faculdades de medicina da USP e de fonoaudiologia da PUC-SP.
A xerostomia pode ter várias causas, explica Miziara. É um possível efeito colateral de tranquilizantes, antidepressivos tricíclicos, drogas à base de atropina e alguns medicamentos usados por diabéticos e pessoas que sofrem de mal de Parkinson, por exemplo. A diminuição da salivação pode ocorrer também após sessões de radioterapia (na cabeça ou no pescoço), em portadores do vírus HIV e em pacientes ligados a aparelhos de respiração artificial ou que sofrem de doenças reumáticas como a síndrome de Sjögren, que afeta as glândulas que produzem saliva e lágrima.
Embora funcione apenas como um paliativo, já que não combate as causas da xerostomia, a saliva artificial alivia a sensação de secura na boca, e isso contribui para melhorar o estado geral da pessoa. "O medicamento nacional vem em boa hora e facilita a vida dos pacientes", afirma Miziara.
Segundo João Alfredo Silveira, diretor de marketing do laboratório, o preço médio do novo produto é R$ 18, enquanto os similares importados são comercializados por aproximadamente R$ 60. Disponível em frasco de 50 ml com spray, a saliva artificial nacional é vendida somente com prescrição médica. Os pacientes podem borrifar o produto na boca até oito vezes por dia.
(VINICIUS CARRASCO)

Aproximadamente 78% dos fumantes brasileiros gostariam de deixar o cigarro


Ben Curtis/France Presse
A proximidade com o verde faz o idoso se exercitar mais, o que aumenta sua longevidade


Verde para viver Idosos que moram em ruas arborizadas ou próximo a praças tendem a viver mais, indica estudo da Escola de Medicina e Odontologia de Tóquio. Segundo os pesquisadores, que analisaram 3.144 pessoas com mais de 80 anos, esses locais estimulam a prática de caminhadas, o que beneficia a saúde.

Atraso masculino Ainda não se sabe o motivo, mas, de acordo com pesquisa publicada na revista médica "American Journal of Obstetrics and Gynecology", bebês do sexo masculino demoram mais para nascer. Após estudarem aproximadamente 660 mil crianças nascidas na Suécia, os cientistas constataram que, em média, os meninos permanecem um dia a mais no útero da mãe.

Leituras sobre hiperatividade A editora Artmed (tel. 0800-7033444) está lançando dois livros sobre hiperatividade. "Transtorno de Déficit de Atenção / Hiperatividade" (328 págs., R$ 48), de Russell A. Barkley, aborda os principais aspectos desse distúrbio e é indicado para pais e educadores. "Terapia Cognitivo-Comportamental no Transtorno de Déficit de Atenção / Hiperatividade - Manual do Paciente" (144 págs., R$ 28), de Paulo Knapp, Luis Rohde, Liseane Lyskowski e Juliana Johannpeter, é voltado para o portador.

Maconha e saúde mental Três estudos divulgados pela revista "British Medical Journal" indicam que a maconha aumenta a predisposição para problemas psiquiátricos. Segundo pesquisa australiana, garotas que consomem essa droga diariamente correm um risco cinco vezes maior de ter depressão. Já dois estudos ingleses associaram o uso de maconha a uma maior incidência de esquizofrenia.

Diagnóstico de peso Muitas pessoas têm dificuldade em analisar o próprio peso. Pensando nelas, os especialistas do Neobe (Núcleo de Estudos de Obesidade e Exercícios Físicos), da USP, estão fazendo avaliações gratuitas de obesidade até 11/12. Mais informações pelo telefone 0/xx/11/3091-3361.


Texto Anterior: pergunte aqui
Próximo Texto: Remédio para dermatite pode ser usado em bebês
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.