São Paulo, quinta-feira, 06 de maio de 2004
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poucas e boas

Medicamento diminui colesterol e triglicérides

KARINA KLINGER
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Até o final deste mês, deve chegar às farmácias um novo remédio para controlar os níveis de colesterol, já usado nos Estados Unidos e na Europa. Segundo vários estudos, a rosuvastatina cálcica não apenas diminui o LDL (colesterol "ruim") como aumenta o colesterol "bom" (HDL) em até 9,6%, resultado superior ao obtido por outros medicamentos.
Por sua eficácia, a rosuvastatina ajuda o paciente a atingir níveis mais adequados de colesterol de forma mais rápida e segura, afirma o cardiologista Raimundo Marques Neto, presidente do Funcor (Fundo de Aperfeiçoamento e Pesquisa em Cardiologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia). "A droga também reduz a quantidade de triglicérides, outra gordura que provoca estragos nas paredes das artérias", diz a endocrinologista Maria Fernanda Barca, do Hospital das Clínicas (SP).
O colesterol deposita-se nas artérias, o que, ao longo do tempo, pode bloquear o fluxo sangüíneo. Esse tipo de gordura, associado à obesidade, à hipertensão, ao sedentarismo e ao tabagismo, é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, principal causa de morte no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Hoje se recomenda que pessoas com histórico de problemas cardiovasculares e de outros fatores de risco mantenham a taxa de LDL abaixo de 100 mg/dl. Para os demais, o valor máximo é 160 mg/dl.
No Brasil, a maioria ainda subestima o problema: 86% das pessoas com colesterol alto não seguem nenhum tipo de tratamento e 91% delas mantêm uma vida sedentária. Os dados são de uma pesquisa com 1.201 brasileiros de 70 cidades, realizada em fevereiro deste ano pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, pelo laboratório Astra Zeneca e pelo Instituto Vox Populi.
A rosuvastatina cálcica faz parte de uma classe de drogas chamadas estatinas. Quando foram lançadas, há mais de dez anos, as estatinas revolucionaram o tratamento do colesterol, que antes era baseado somente em mudanças no estilo de vida. Estudos clínicos indicam que essas drogas são seguras, mas elas podem causar efeitos colaterais, entre eles dores musculares.

Brasil é o 15º no ranking mundial de tuberculose, registrando 100 mil infecções a cada ano

Mais irmãos, menos alergia Crianças que têm dois ou mais irmãos correm menor risco de sofrer de alergias, sugere estudo dinamarquês com mais de 40 mil mães e filhos, publicado na revista científica "British Medical Journal". O contato freqüente com outros pimpolhos (em casa ou na escola) ou com animais de estimação expõe a criança a agentes infecciosos, o que estimula o sistema imunológico.

Apego aos bits Em ambientes em que os computadores são compartilhados, como escolas ou escritórios, as pessoas tendem a preferir usar a mesma máquina -ainda que isso signifique ter de esperar que outro usuário termine sua tarefa. Esse foi o resultado de uma pesquisa com estudantes universitários, realizada na Universidade da Pensilvânia (EUA) e divulgada pela rede britânica BBC.

Efeito do café O resultado é o mesmo: aumento da pressão arterial. A diferença está em como o corpo de homens e mulheres reagem ao café, segundo estudo da Universidade de Oklahoma (EUA). Nas mulheres, a cafeína age diretamente sobre o coração, fazendo-o bombear o sangue mais rápido. Nos homens, a substância contrai os vasos sangüíneos, o que também aumenta a pressão.

Dificuldade masculina Após avaliar quatro estudos realizados com crianças de até 15 anos, pesquisadores britânicos concluíram que a incidência de problemas de leitura é maior entre meninos do que em garotas. Ainda não se sabe por que isso ocorre, mas já foi descartada a hipótese de que a dificuldade esteja relacionada à inteligência, à falta de atenção ou à hiperatividade.

Enxaqueca e AVC O risco de isquemia cerebral e acidente vascular cerebral (AVC) é, respectivamente, 70% e 50% maior entre mulheres que sofrem de enxaqueca com aura (a dor é acompanhada por alterações visuais). A conclusão é de pesquisa da Universidade de Harvard com aproximadamente 40 mil mulheres.


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