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poucas e boas
Mais de 2 milhões com fragilidade óssea
DA REDAÇÃO
Resultado de estudo inédito no Brasil, feito com
32 mil mulheres em nove Estados para traçar o
perfil da osteoporose no país, chegou à estimativa de que mais de dois milhões de mulheres acima de
45 anos apresentam fragilidade óssea que pode evoluir
para fraturas. A osteoporose, doença caracterizada por
perda de massa óssea que resulta em ossos fracos propensos a fraturas, é o segundo maior problema de saúde
depois da doença cardiovascular, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Na Europa, ela
causa uma fratura a cada 30 segundos, segundo a Fundação Internacional de Osteoporose.
Uma das maiores surpresas surgidas do estudo foi
constatar que "não é correta a impressão que se tinha de
que a doença seria mais frequente na região Sul do
país", afirma o reumatologista e professor da Faculdade
de Medicina da Unicamp João Francisco Marques Neto, que coordenou o estudo.
Estados como Ceará e Espírito Santo, onde há muitos
fatores de proteção contra a doença, como mais exposição da população ao sol e maior miscigenação de raças,
apresentaram alterações de massa óssea quase tão frequentes quanto no Sudeste. A doença tem maior incidência entre brancos, maior ainda entre japoneses e é
quase inexistente entre negros.
Mas o mais importante é alertar a população de que a
osteoporose, doença que não tem sintoma até que ocorra uma fratura, é incapacitante e pode ser mortal, diz o
médico, mas pode ser prevenida, diagnosticada precocemente e tratada.
A mulher começa a perder massa óssea aos 35 anos,
mas há dois tipos de perdedoras. Há as que perdem
1,5% por ano de massa óssea, e as que perdem de 3% a
4% ao ano, explica Marques Neto. Uma em cada mulheres brancas faz parte desse último grupo, de perdedoras rápidas. Menopausa, histórico familiar de osteoporose, sedentarismo e descendência branca ou asiática
são alguns dos fatores de risco. O que previne a doença:
atividade física, dieta balanceada, abstinência de fumo e
uso moderado de álcool.
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