DA REDAÇÃO

Diferenças -para menos- na balança, na fita métrica, na taxa de açúcar no sangue, no nível de colesterol e na pressão arterial. Esses foram os resultados obtidos pela maioria das pessoas que participaram de uma pesquisa sobre o uso do Xenical no tratamento da obesidade, que foi divulgada no 11º Congresso Europeu de Obesidade, realizado na semana passada em Viena (Áustria).
O Xenical somente pode ser tomado sob prescrição médica e, ao contrário de outros remédios que auxiliam a redução de peso, não atua no cérebro, e sim no trato gastrointestinal. Inibindo parcialmente a ação de uma enzima chamada lipase, o medicamento impede a absorção de aproximadamente 30% das gorduras ingeridas pelo paciente.
O estudo, feito na Alemanha, acompanhou 11.131 mulheres e 4.418 homens, totalizando 15.549 pacientes que apresentavam sobrepeso, em média, havia 14 anos. A maioria já tinha passado por outros tratamentos, mas não conseguiu manter o peso. Em 78% dos casos, o uso do Xenical foi associado a uma dieta de redução calórica; 53% dos pacientes também participaram de um programa de atividades físicas.
Após sete meses de tratamento, as pessoas perderam, em média, 11 kg e tiveram a medida da cintura reduzida em 8 cm. "A maioria dos pacientes perderam de 5% a 10% de seu peso total; um em cada cinco perdeu 15%", afirma o médico Alfred Wirth, coordenador da pesquisa.
Os exames clínicos e laboratoriais também indicaram bons resultados. Em média, os pacientes apresentaram uma redução de 18% na pressão arterial, de 15% nos níveis de açúcar no sangue e de 14% na taxa de LDL (o colesterol "ruim", de baixa densidade).
Os efeitos do Xenical sobre o metabolismo trouxeram vantagem adicional para parte dos participantes do estudo. Aproximadamente um terço dos pacientes com diabetes tipo 2 e metade daqueles com colesterol alto puderam reduzir a quantidade de medicamentos que ingeriam para combater esses problemas.


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