São Paulo, quinta-feira, 07 de junho de 2001
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estou ligado

A ONG Cão Cidadão há mais de dois anos leva cachorrinhos e cachorrões para brincar com pessoas doentes e que são carentes. Os cães terapeutas vão penteados e cheirosos dar a pata, rolar no chão e até dar lambidas nos pacientes que moram em casas de apoio.

   

Os cães costumam sair de escolas de adestramento a convite dos voluntários da ONG que trabalham como adestradores. Educados, os lulus divertem os doentes com seus truques.

   

Vale todo tipo de focinho canino: do que tem pedigree ao vira-lata, seja grande, pequeno, peludo ou careca. Só tem que ser bonzinho. Para poder fazer visitas, os peludos são avaliados por adestradores em diferentes situações. Eles têm de passar no teste do puxão no rabo e do abraço apertado. Mesmo os mais fofinhos podem ficar de fora se não pegarem brinquedos ou bolachas da mão com delicadeza.

   

As crianças são as que se divertem mais. As brincadeiras rolam soltas o tempo todo e fazem a criançada e os idosos se sentirem melhor. "O que as crianças mais gostam é dos comandos, de mandar o animal sentar e dar a pata. Em segundo lugar, elas gostam de levar o cão para passear na coleira. Os pequenos de berço gostam de passar a mão", conta a voluntária e adestradora de cães Priscila Lotufo, 25. "É um trabalho psicológico em que as mudanças chegam ao nível fisiológico. O bichinho faz a criança sentir-se bem, sentir-se querida. Na maioria das vezes, tira-a do isolamento, é automático. Na verdade, uma pessoa dá mais medo que o cão", diz Priscila.


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