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A prática em algumas religiões
Islamismo O jejum é um dos cincos pilares da religião. Obrigatório uma vez por
ano, no nono mês do calendário islâmico,
o Ramadã. Comida, líquido, sexo e álcool
são proibidos da alvorada ao pôr-do-sol,
com alimentação moderada à noite,
acompanhada de orações. É considerado
uma purificação física (dá um descanso
ao organismo), mental (abstinência de
pensamentos considerados ruins) e espiritual (o que inclui o sentimento e a ação
de solidariedade aos carentes). Existem
ainda jejuns opcionais.
Catolicismo
A Igreja Católica sempre
teve uma disciplina penitencial, que inclui o jejum. Na época dos profetas, o jejum era uma forma de arrependimento e
de conversão. Hoje é de renúncia ao prazer que o alimento dá, de homenagem a
Deus e a Jesus e solidariedade aos que
passam fome. É uma forma de purificação e crescimento espiritual. É feito na
Quarta-Feira de Cinzas e na Sexta-Feira
Santa (amanhã, 9/4). O fiel escolhe a forma de jejuar, mas a igreja orienta a privação total ou a redução de uma das refeições principais. Por resolução da CNBB
(Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), não é mais obrigatória a abstinência
de carne vermelha na Sexta-Feira Santa.
Pode ser substituída pela privação de algo prazeroso -como comer chocolate-
ou por uma ação assistencial.
Judaísmo
O principal jejum realizado
é o Iom Kipur, dia do perdão (abstenção
de líquido, alimento, sexo e cigarro), do
amanhecer ao pôr-do-sol. O Iom Kipur é
um dia de total transparência, em que a
pessoa vai avaliar sua vida, o seu desempenho no ano que terminou. O jejum é feito também em outras quatro ocasiões.
Budismo
O jejum já existia na Índia
pré-budista, integrava a prática de mortificação, para alcançar a purificação corporal e espiritual. A prática ainda é conservada, até mesmo em escolas do Japão.
Fontes: Frei Volney Berkenbrock, professor de
história das religiões da Universidade Federal
de Juiz de Fora; Dario Bevilacqua, porta-voz da
Arquidiocese de São Paulo; rabino Nilton Bonder; xeque Jihad Hassan
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