LILIANA FRAZÃO
EDITORA-ASSISTENTE DO EQUILÍBRIO

Duas substâncias já conhecidas, se usadas em conjunto, ajudam a tratar um problema de difícil solução: as manchas de pele conhecidas como melasmas. Todas as participantes de uma pesquisa realizada no ambulatório de estética do Hospital das Clínicas (HC), em São Paulo, apresentaram melhora após usarem o ácido retinóico e o corticóide clobetasol.
Os melasmas são mais frequentes entre as mulheres, pois estão associados a alterações hormonais como aquelas que ocorrem durante a gravidez ou em decorrência do uso de anticoncepcionais orais. Um fator, porém, é comum a todos os casos, incluindo os masculinos: a exposição excessiva ao sol sem o uso de protetores solares adequados, explica a dermatologista Carolina Ferolla, que coordenou o estudo no HC.
As manchas são acastanhadas e surgem principalmente no rosto -buço, testa e bochechas, por exemplo-, mas podem afetar também os braços, os ombros e, nas mulheres, a região entre os seios -"o "V" do decote", afirma a médica. O tratamento convencional é feito com substâncias despigmentantes, peelings superficiais e laser. Essas técnicas são usadas isoladamente e, muitas vezes, não apresentam bons resultados. "Em alguns casos, quanto mais se tenta clarear, mais a pele escurece, porque o tratamento provoca um processo inflamatório que agrava a mancha", explica Ferolla.
A dermatologista empregou uma combinação que já foi testada nos Estados Unidos. O clobetasol reduz as manchas, mas causa efeitos colaterais como acne (devido à obstrução dos poros) e atrofia (a pele fica mais fina). "O ácido retinóico neutraliza esses efeitos."
Um mês de tratamento foi suficiente para diminuir as manchas das 40 mulheres com idade entre 18 e 50 anos que participaram da pesquisa. A melhora foi significativa em 60% e moderada em 40%. A maioria das pessoas com melasmas pode utilizar a combinação de ácido retinóico e clobetasol, mas sempre sob o acompanhamento de um dermatologista. "É necessário ajustar cuidadosamente as concentrações de acordo com o organismo de cada indivíduo", orienta Ferolla.


Trabalho doméstico emprega cerca de 500 mil crianças e adolescentes de 5 a 17 anos no Brasil


Primeira refeição
Meninas precisam de um café da manhã reforçado, com carboidratos e proteínas, para apresentar um bom aproveitamento escolar. Já os garotos se saem melhor na sala de aula quando deixam a mesa do café ainda com um pouquinho de fome, sugere pesquisa da Universidade de Ulster (Reino Unido).

Satisfação pela hierarquia
Um estudo com cerca de 16,2 mil empregados de 886 empresas constatou que o grau de satisfação pessoal com o trabalho está mais relacionado à hierarquia que ao salário -pelo menos no Reino Unido. Pesquisadores da Universidade de Warwick observaram que, quanto mais alto o posto, maior a satisfação, independentemente de quanto o funcionário ganha.

Em paz com a balança
A partir de sua própria experiência, o jornalista Claudir Franciatto dá dicas de como manter o peso após uma dieta em "Magro para Sempre!" (128 págs., R$ 25, ed. Record, tel. 0800-7041720). Escrito em parceria com o endocrinologista da USP Alfredo Halpern, o livro contém 60 cardápios baseados no sistema de pontos desenvolvido pelo médico.

Lazer para prevenir
Manter uma vida social ativa e atividades intelectuais como leitura nos momentos de descanso ajuda a prevenir o mal de Alzheimer e outras formas de demência na terceira idade. O estudo, baseado na análise dos hábitos e da saúde de 107 pares de gêmeos suecos, foi publicado na revista médica norte-americana "The Journal of Gerontology: Psychological Sciences".

Hepatite e saliva
Segundo pesquisa da Universidade de Washington (EUA), é possível que o vírus da hepatite C seja transmitido pela saliva. Das 248 amostras recolhidas de 12 pessoas infectadas, uma em cada cinco continha o vírus. Segundo a OMS, há cerca de 170 milhões de portadores do vírus da hepatite C no mundo.


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