São Paulo, quinta-feira, 10 de maio de 2001
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Avanços no tratamento

O fim do exame de toque ainda não é vislumbrado pela medicina. Todos os avanços residem na área do tratamento do tumor. Uma nova técnica operatória, equivalente à prostaectomia radical, que retira a próstata nos casos avançados da doença, é a criocirurgia.
O Brasil é o único país da América do Sul a realizar a cirurgia, em que o médico congela a ponta de uma agulha a - 40 C e introduz no paciente, congelando o tecido do tumor e destruindo-o. "Ela reduz gastos, melhora o pós-operatório e a recuperação do paciente. É melhor utilizada em pacientes mais idosos, que sofrem de problemas cardiovasculares, por exemplo", diz Sami Arap, que supervisiona o procedimento, oferecido no Hospital das Clínicas de São Paulo.
Um outro tratamento menos recente, mas diferenciado para casos de câncer em fase inicial, é a braquiterapia. Grãos de iodo radioativo são despejados no interior da próstata por agulhas calibrosas introduzidas na pele, explica Ronaldo Damião, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia. A grande vantagem da técnica, que já vem sendo utilizada em diversos hospitais do país, é que o paciente volta às suas atividades em um ou dois dias após o procedimento.
Na semana passada, foi apresentado em São Paulo um novo tratamento indicado para idosos com tumor em fase inicial. Pesquisadores comprovaram que a substância bicalutamina reduz em quase 50% o risco de progressão do tumor.
"O medicamento com essa substância controla o tumor por uns quatro ou cinco anos. Mas é uma medida paliativa, não curativa", diz Arap.


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