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Coleção deve ser compatível com a "sede"
Como qualquer paixão, o vinho às
vezes provoca comportamentos
exagerados. Segundo os especialistas, há fãs que literalmente jogam
seu investimento pelo ralo: compram mais do que podem consumir
ou guardar adequadamente.
"Quando você menos percebe, já
tem tanto vinho que nem está cabendo na adega. Às vezes, o consumidor vai adquirindo as garrafas e
se esquece de beber. Há vinhos que
melhoram com o tempo, mas, depois que atingem seu auge, começam a se degenerar", afirma o sommelier Patrick de Neufville.
Quem ainda é iniciante na arte de
beber e estocar vinhos pode começar com uma adega "básica", sugere
o enólogo Carlos Cabral. Na verdade, com uma frasqueira.
"No Brasil, usa-se o termo adega
para qualquer coleção de vinho. Em
Portugal, usa-se a palavra frasqueira
para coleções entre 12 e 24 garrafas e
garrafeira para seleções de até 60
garrafas; só acima dessa quantidade
o local é chamado adega", explica
ele. Independentemente do tamanho da coleção, porém, o ideal é dividir o acervo: 85% de vinhos tintos
e 15% de brancos.
"Recomendo começar com uma
coleção de vinhos latino-americanos. Hoje existem opções de altíssima qualidade, em especial os chilenos, como a vinícola Santa Helena,
os argentinos, como a La Agricola, e
os uruguaios, como a Carlos Montes", orienta o enólogo.
Cabral também sugere adquirir
pelo menos três garrafas de cada
marca e tipo. "Os bons vinhos a gente guarda na memória. Assim,
quando a pessoa quiser repetir a
sensação de uma boa taça tomada
três anos antes terá um outro exemplar guardado."
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