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São Paulo, quinta-feira, 10 de julho de 2003
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Coleção deve ser compatível com a "sede"

Como qualquer paixão, o vinho às vezes provoca comportamentos exagerados. Segundo os especialistas, há fãs que literalmente jogam seu investimento pelo ralo: compram mais do que podem consumir ou guardar adequadamente.
"Quando você menos percebe, já tem tanto vinho que nem está cabendo na adega. Às vezes, o consumidor vai adquirindo as garrafas e se esquece de beber. Há vinhos que melhoram com o tempo, mas, depois que atingem seu auge, começam a se degenerar", afirma o sommelier Patrick de Neufville.
Quem ainda é iniciante na arte de beber e estocar vinhos pode começar com uma adega "básica", sugere o enólogo Carlos Cabral. Na verdade, com uma frasqueira.
"No Brasil, usa-se o termo adega para qualquer coleção de vinho. Em Portugal, usa-se a palavra frasqueira para coleções entre 12 e 24 garrafas e garrafeira para seleções de até 60 garrafas; só acima dessa quantidade o local é chamado adega", explica ele. Independentemente do tamanho da coleção, porém, o ideal é dividir o acervo: 85% de vinhos tintos e 15% de brancos.
"Recomendo começar com uma coleção de vinhos latino-americanos. Hoje existem opções de altíssima qualidade, em especial os chilenos, como a vinícola Santa Helena, os argentinos, como a La Agricola, e os uruguaios, como a Carlos Montes", orienta o enólogo.
Cabral também sugere adquirir pelo menos três garrafas de cada marca e tipo. "Os bons vinhos a gente guarda na memória. Assim, quando a pessoa quiser repetir a sensação de uma boa taça tomada três anos antes terá um outro exemplar guardado."


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