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INGREDIENTE
Pouco calórico, aipo serve de alimento e tempero
RACHEL BOTELHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Nativo da Europa, o aipo esteve presente
em pratos e rituais de
diversos povos ao
longo da história. Na Grécia Antiga, suas folhas entravam na
confecção de guirlandas fúnebres e coroas de vitória. Na mesa
dos romanos, serviam como enfeite junto a buquês de flores. No
Egito, a planta é consumida
desde a época do faraó Tutancâmon, há cerca de 3.400 anos.
Na culinária moderna, desempenha um duplo papel: como tempero e como alimento
propriamente dito. No primeiro caso, é empregado em caldos
e bases para preparação de outros pratos. Também é servido
cru como aperitivo e em saladas como a célebre Waldorf,
além de incrementar sanduíches, sopas e musses.
Suas folhas têm sabor amargo e picante e são imprescindíveis no tempero de algumas sopas, ensopados de carne e molhos. Já as sementes são utilizadas para aromatizar picles,
queijos, legumes, carnes e peixes assados.
Mas é no cardápio de quem
está de dieta que o aipo parece
indispensável. Segundo Analisa Leite, consultora da área de
nutrição do Senac São Paulo, a
razão reside no fato de ser um
alimento hipocalórico, com
menos de 20 calorias a cada
100 g. "Ele é diurético, o que
acaba levando a uma perda de
peso, e tem fibras que dão uma
sensação de saciedade. Mas é
importante lembrar que seu
consumo leva à perda de líquido, e não de gordura", afirma.
Com 95% de água em sua
composição, não se trata de um
ingrediente rico em nutrientes.
O salsão, como é conhecido o
talo da planta, tem grande
quantidade de vitamina A, enquanto o aipo como um todo é
boa fonte de potássio.
Uma das hortaliças mais cultivadas nos países de clima
temperado, é encontrada em
inúmeras variedades, que são
selecionadas ao longo do tempo e diferentes entre si pelo aspecto da planta e pela coloração da folhagem -além de pela
dimensão e pela coloração do
pecíolo (haste que une o limbo
da folha à bainha ou diretamente ao ramo), que pode ser
branco, amarelo ou verde.
Entre as variedades mais conhecidas, estão aipo-tronchudo, aipo-de-cabeça, aipo-branco, aipo-gigante e aipo-rábano
-no caso deste último, somente a raiz é consumida.
Os chineses, que vêm usando
o aipo selvagem desde o século
5º, desenvolveram suas próprias variedades. Lá, a hortaliça
é mais fina, suculenta e de sabor ainda mais forte do que a
do tipo europeu. É consumida
sempre cozida, geralmente
junto a outros vegetais.
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