São Paulo, quinta-feira, 12 de fevereiro de 2004
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poucas e boas

Médico faz alerta contra "fobia solar"

LILIANA FRAZÃO
EDITORA-ASSISTENTE DO EQUILÍBRIO

Por temer o envelhecimento precoce da pele e também reduzir o risco de câncer de pele, muitas pessoas têm evitado totalmente a exposição ao sol ou usado continuamente bloqueadores com fatores de proteção muito altos. Mas essa "fobia solar" pode ser bem prejudicial, afirma o ginecologista e mastologista Eduardo Carneiro de Lyra, professor do Instituto Brasileiro de Combate ao Câncer (IBCC), aumentando o risco de desenvolver câncer de mama ou, no caso de a doença já estar instalada, acelerando sua progressão.
Por trás desse alerta, está a vitamina D. O nutriente, que é produzido pelo organismo quando a pele é exposta ao sol, possui um papel importante na divisão de células mamárias cancerosas, constatou Lyra em sua tese de mestrado, apresentada em dois congressos internacionais no ano passado (um sobre vitamina D, na Holanda, e outro sobre câncer de mama, nos Estados Unidos) e que deve ser publicada em uma revista científica estrangeira nos próximos meses.
Estudos anteriores já haviam feito a correlação entre vitamina D e câncer de mama em laboratório ou em cobaias, sugerindo que o nutriente possui uma ação antiproliferativa, ou seja, inibe a multiplicação das células cancerosas. A pesquisa de Lyra, porém, é a primeira a estudar a vitamina em seres humanos vivos e a comparar a quantidade de vitamina na corrente sangüínea de pacientes com esse tipo de câncer e de mulheres sadias.
No total, foram avaliadas 152 voluntárias, das quais 113 com câncer e 39 com tumores benignos. Os testes indicaram que, entre as primeiras, o nível de vitamina D no soro sangüíneo é significativamente menor que no segundo grupo. Sem vitamina D, diz Lyra, o organismo perde uma de suas proteções contra o câncer, e as células cancerosas tendem a proliferar-se mais rápido.
Baseado nesse resultado, o médico aconselha banhos de sol regulares nos horários adequados -até as 10h e após as 16h. A dieta também pode ajudar a manter níveis adequados de vitamina D no organismo. Leite e derivados, peixes, frutos do mar, fungos (cogumelos) e algas, por exemplo, são boas fontes desse nutriente.

Navegar sem culpa Passar várias horas por dia navegando pela internet não causa isolamento ou outros problemas psicológicos, como muitos imaginam. A conclusão é de pesquisa da Universidade de Alberta (Canadá), que registrou ainda que, em comparação com os demais, aqueles que usam a web com mais freqüência tendem mais facilmente a se engajar em projetos voluntários e a ajudar os outros.

Efeito colateral na alcova De acordo com estudo realizado na Turquia e publicado na revista médica "Adult Urology", homens submetidos à circuncisão demoram mais para ejacular que os demais -o que, segundo os pesquisadores, deve ser visto como uma vantagem. Esse efeito é observado mesmo quando a circuncisão é realizada em homens já adultos.

Infância mais leve Quanto mais longo o período de amamentação, menor o risco de a criança ser obesa mais tarde, sugere estudo norte-americano divulgado pela revista científica "Pediatrics". A incidência de obesidade é 51% menor entre crianças que foram alimentadas com leite materno por mais de um ano e 30% menor entre aquelas amamentadas por 6 a 12 meses.

Avanços sobre diabetes No próximo dia 14/2, sábado, a partir das 10h, em São Paulo, a Associação de Diabetes Juvenil promoverá uma palestra gratuita sobre os avanços no tratamento dessa doença. As vagas são limitadas, e os interessados devem se inscrever previamente pelos telefones 0800-100627 e 0/xx/11/3675-3266.

Menos dor Na Universidade de Westminster (Reino Unido), voluntários tiveram um dedo pinçado até que não suportassem mais a dor. Quando a pinça era manipulada por um enfermeiro, as pessoas queixavam-se de dor mais rapidamente do que quando o "apertão" era feito por uma enfermeira. Para os pesquisadores, isso prova que a percepção de dor é menor quando ela é inflingida por uma mulher.


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