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A cada ano, são registrados 9.000 casos de lesão de medula espinhal no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Estudos da Lesão Medular. Um terço desses casos são recuperáveis com reabilitação e terapia adequadas. Para fornecer esse tipo de tratamento, está sendo inaugurada hoje, em São Paulo, a clínica Vertebrae - Reabilitação e Inclusão.
Segundo a traumatologista Érika Barros, diretora técnica da clínica, o centro adota um novo conceito de tratamento que oferece, em um só local, condicionamento físico, reabilitação e assistência para pessoas com lesões medulares, portadores de problemas neurológicos, ortopédicos, reumatológicos e da coluna vertebral.
Para criar a Vertebrae, Barros, que também é presidente da Sociedade Brasileira de Estudos da Lesão Medular e integra o Grupo de Coluna Cervical do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas, baseou-se em centros de reabilitação e tratamento de vários países, que ela visitou nos últimos nove anos.
"O objetivo é fazer com que as pessoas convivam com um ambiente agradável e saudável, não com a doença." O tratamento, multidisciplinar, envolve ortopedistas, traumatologistas, fisioterapeutas, psicólogos, educadores físicos e terapeutas ocupacionais.
A maior parte dos centros de reabilitação funciona em horário comercial, mas a nova clínica estará aberta das 7h às 22h. Isso permite que os pacientes que estudam ou trabalham possam dar prosseguimento ao tratamento. "Dependendo da lesão, eles podem ter uma vida absolutamente normal", diz Barros.
A clínica oferece serviços também para quem não sofreu lesão medular. Na Escola de Coluna, por exemplo, pessoas com problemas de postura ou de coluna reaprendem a fazer as atividades cotidianas da maneira correta. Há ainda aulas de RPG (reeducação postural global), programas especiais para a terceira idade, para pessoas que sofreram acidente vascular cerebral e para portadores de tendinite crônica, por exemplo.