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São Paulo, quinta-feira, 13 de fevereiro de 2003
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poucas e boas

Latinha de bebida é criadouro de bactéria

VINICIUS CARRASCO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da USP (Universidade de São Paulo) comprovam o que muita mãe e também algumas correntes que circulam na internet alertam: é preciso lavar as latinhas de bebida antes de colocar a boca nelas, pois há risco de contaminação.
Das cerca de cem latas de alumínio de refrigerante e cerveja coletadas em bares, restaurantes e supermercados da capital, aproximadamente 40% apresentavam fungos e bactérias que podem ser prejudiciais à saúde. "É um índice elevado de contaminação fúngica e bacteriana", diz Claudete Rodrigues Paula, coordenadora da pesquisa. Segundo ela, os recipientes de alumínio são "verdadeiros criadouros em potencial" dos microrganismos.
Os fungos encontrados, em geral, estão presentes no ar. Quando depositados em grandes quantidades no bocal das latas podem causar doenças como rinite, asma e bronquite. "Principalmente em pessoas que já apresentam esses problemas", diz a pesquisadora.
Além dos fungos, foram encontradas bactérias como coliformes totais e fecais, que, se forem ingeridas, podem causar vômito, dor de cabeça e diarréia. A presença dessas bactérias está relacionada à má higienização e a formas inadequadas de armazenagem dos recipientes.
Uma medida simples para contornar o problema é lavar a lata com água e sabão e secar bem. "Esses microorganismos aderem pouco ao alumínio e, se não forem eliminados pelo sabão, serão excluídos com a água", diz Paula.
O laboratório analisou também recipientes com lacres feitos de uma camada fina de alumínio aplicados no bocal dos recipientes, como os selos dos copos de água mineral. Esse sistema é mais seguro: "Cerca de 80% das unidades formadoras de colônias de microrganismos diminuiu nessas latas com o uso do lacre", disse a pesquisadora. Os dados da pesquisa devem ser encaminhados a órgãos públicos, como o Ministério da Saúde, para que a população seja informada sobre a necessidade de lavar sempre as latas antes do consumo.

Problemas de coluna são a segunda causa mais frequente de afastamento do trabalho no Brasil

Emoções liberadas
Externar a raiva pode ser saudável, indica pesquisa divulgada na revista científica "Psychosomatic Medicine" (EUA). Os pesquisadores analisaram 23.522 homens e constataram que aqueles que manifestam sua ira moderadamente -sendo sarcásticos ou discutindo, por exemplo- correm um risco 50% menor de ter um infarto. O risco de derrame também diminui.

Influência da família
Garotas apresentam maior propensão a desenvolver distúrbios alimentares se costumam comer sozinhas ou não vivem com ambos os pais. Segundo cientistas da Universidade de Navarra (Espanha), que pesquisaram 2.862 jovens de 12 a 21 anos, o risco aumenta porque falta orientação nutricional dos pais durante as refeições e porque problemas em casa geram estresse.

Cigarro e menopausa
As ondas de calor da menopausa são duas vezes mais frequentes entre mulheres que fumam ou são obesas. Esse foi o resultado de uma pesquisa realizada na Escola de Medicina da Universidade de Maryland (EUA), que avaliou cerca de 1.100 mulheres com idade entre 40 e 60 anos. As fumantes geralmente apresentam esse sintoma dois a cinco anos antes das demais.

Mais vulneráveis
Duvidar sempre do próprio julgamento pode ser um indício de vulnerabilidade emocional, sugere pesquisa feita com 105 estudantes na Universidade Estadual de Ohio (EUA). Os dados obtidos revelam que essas pessoas frequentemente manifestam ansiedade, tristeza e oscilações de humor e tendem a adiar tarefas.

Diabetes na rede
O site Diabetes Nós Cuidamos (www.diabetesnoscuidamos.com.br) traz várias informações sobre essa doença, entre elas sintomas, endereços de centros de apoio em todo o país e orientações sobre aplicação de insulina. Há também dicas de exercícios e de alimentação, incluindo receitas.


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