São Paulo, quinta-feira, 13 de julho de 2000
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poucas e boas

Mortalidade por diálise é uma das menores

DA REPORTAGEM LOCAL

O Brasil tem uma das menores taxas mundiais de mortalidade de pacientes que se submetem à hemodiálise, tratamento para doenças renais crônicas: cerca de 17%. A mortalidade mantém-se baixa mesmo com o crescimento de aproximadamente 27% no número de brasileiros tratados dessa maneira, que passou de 30.061 em 1997 para 38.250 em 1999. Esses dados fazem parte de um dossiê inédito feito pela Sociedade Brasileira de Nefrologia, que analisou 524 unidades de diálise no país. Segundo o estudo, a baixa taxa de mortalidade deve-se às medidas de segurança que vêm sendo adotadas no Brasil. A hemodiálise é indicada quando os rins não conseguem mais cumprir sua função, que é filtrar o sangue e eliminar as impurezas pela urina. Enquanto o paciente aguarda o transplante, a filtragem é feita por equipamentos especiais em hospitais e clínicas. O paciente pode optar também pela CAPD (diálise peritonial ambulatorial contínua), que pode ser feita em casa. O hospital Albert Einstein acaba de inaugurar o Centro de Diálise, que possui um equipamento diferenciado. Ao contrário dos demais sistemas usados hoje, ele possui um filtro de cloro no final do processo, recurso que inibe a proliferação de bactérias. A principal preocupação das unidades de diálise é a água. "As complicações do procedimento ocorrem devido a contaminações químicas e biológicas da água usada na hemodiálise", diz Miguel Cendoroglo Neto, coordenador do centro. Por isso, o aparelho que faz a purificação deve ter vários filtros. O novo centro também é equipado com uma "hotelaria" para tornar as sessões de hemodiálise menos desagradáveis, oferecendo boxes individuais, TV a cabo, Internet e ponto de telefone. Em média, os pacientes precisam fazer diálise três vezes por semana. Cada sessão dura quatro horas. "Com essas comodidades, eles podem passar o tempo de forma mais tranquila e até trabalhar, conectando seu notebook à Internet", afirma Bento Fortunato, da equipe de hemodiálise do hospital.

Um clique, uma árvore Contribuir para o reflorestamento no Brasil está mais fácil: basta conectar-se à Internet e entrar no site Refloresta (www.refloresta.com). Cada acesso à seção Dê um Clique na Natureza corresponde ao plantio de uma árvore, que será pago pelos patrocinadores. O site possui várias informações sobre ecologia, é atualizado diariamente e aceita colaboradores.

Tratamento para obesidade Quem tem excesso de peso e mais de 18 anos pode participar gratuitamente do Projeto Obesidade, desenvolvido pelo Centro de Estudos em Psicologia da Saúde, ligado ao Hospital das Clínicas (SP). O objetivo é identificar os fatores psicológicos que interferem nos hábitos alimentares. As inscrições podem ser feitas pelo telefone 0/xx/11/3064-3186, das 9h às 17h.

Ossos mais resistentes Pesquisa realizada na Inglaterra e divulgada pela American Society for Clinical Nutrition indica que mulheres que ingerem chá preto regularmente apresentam densidade mineral nos ossos 5% superior à densidade observada entre aquelas que não tomam chá. Isso diminui de 10% a 20% os riscos de fratura. O estudo envolveu 1.256 mulheres entre 65 e 76 anos.

Infarto sem dor Uma em cada três pessoas não sente dor ao ter um ataque cardíaco. Isso retarda a procura por atendimento médico e, consequentemente, aumenta a taxa de mortalidade. A conclusão é do médico John G. Canto, da Universidade do Alabama (EUA), que analisou os registros de mais de 400 mil pessoas que sofreram infarto do miocárdio.

Leucemia infantil O transplante de células de cordão umbilical em crianças com leucemia pode ser tão eficaz quanto o de médula óssea, segundo estudo publicado no "New England Journal of Medicine". Além de reduzir as chances de rejeição e de infecção, o cordão umbilical é mais fácil de ser obtido.



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