RACHEL BOTELHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Com apenas três calorias a cada 100 g, segundo dados da Tabela de Composição Nutricional das Hortaliças elaborada pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), o pepino é um dos vegetais menos calóricos que existem no mercado. Tem 96,1% de água em sua composição, é muito refrescante e possui um décimo das calorias da melancia.
Em relação aos aspectos nutricionais, possui vitaminas, sais minerais e fibras, mas nenhum deles se destaca dos demais. "O pepino não é o campeão em nenhum nutriente, mas está na média das hortaliças", afirma Rita de Fátima Alves Luengo, pesquisadora da Embrapa Hortaliças.
Da mesma família da abóbora e do chuchu, é nativo da Índia. Seu cultivo na Ásia, na África e na Europa remonta à Antigüidade. No Brasil, onde chegou com os colonizadores portugueses, é encontrado em três variedades. O tipo aodai é verde-escuro e tem casca lisa, e o caipira tem frutos verde-claros, estrias brancas e casca lisa. Por fim, o japonês é verde-escuro, mais fino e alongado que os outros e possui reentrâncias na casca.
Consumidos geralmente crus na forma de saladas ou picles, também podem ser cozidos e recheados ou empregados em refogados e em sopas quentes ou frias, como a da receita desta página. Outra sugestão de consumo é em sanduíches de carne ou de frango, acompanhado de tomate e alface.
Devido à fama de indigesto, o pepino costuma sofrer algumas intervenções caseiras. "Algumas pessoas costumam cortar uma fatia nas extremidades do pepino e esfregá-la sobre a mesma superfície para retirar o amargo. Isso é feito geralmente com o pepino caipira. O japonês tem sabor mais adocicado e dispensa o procedimento", afirma Luengo.
Segundo o site da Embrapa, apenas o pepino do tipo aodai deve ser consumido sem a casca, difícil de digerir.
Na hora de comprar a hortaliça, é importante prestar atenção a alguns detalhes. Além de evitar aqueles com ferimentos e partes amassadas, que duram menos, é bom saber que os frutos muito grandes são recomendados somente para refogados. Já os muito pequenos são saborosos, mas murcham mais rapidamente.
A melhor maneira de conservá-lo é na geladeira, em sacos plásticos perfurados; assim, duram até uma semana sem grandes alterações na cor, no sabor e na aparência.


Texto Anterior: Neurociência - Suzana Herculano-Houzel: Neurocientista no salão
Próximo Texto: Sopa fria de pepino e iogurte
Índice