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Quando a consulta é retorno e não será paga
Como existe uma prática
comum de pedir ao paciente que volte ao consultório cerca de 15 dias
após a consulta, em geral
para uma espécie de
controle do tratamento,
muitos pacientes pensam tratar-se de uma regra. Mas não é. Por isso é
bom perguntar logo na
primeira consulta se a
próxima será considerada retorno ou não.
"Pedir o retorno é uma
decisão exclusiva e de foro íntimo do médico.
Não há regra preestabelecida", diz o infectologista Mauro Brandão
Carneiro, do Conselho
Federal de Medicina.
Para Antônio Carlos
Lopes, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, o retorno
não é nem pode ser delimitado por número de
dias. Ele deve ser determinado conforme a necessidade de cada caso, e
há casos em que é necessária uma nova consulta
no prazo de uma semana, diz Eduardo da Silva
Vaz, da Associação Médica Brasileira.
Se o médico vai ou não
cobrar, é questão de bom
senso, de conhecer as
condições do paciente. E
também do preço de sua
consulta: "Muitas vezes,
no preço mais alto, já está embutido o custo do
retorno", diz Vaz.
De qualquer maneira,
a boa relação entre o
profissional e o paciente
ajuda a estabelecer o que
pode ser considerado
um "retorno" sem a cobrança da consulta.
No tratamento homeopático, o "retorno"
não é um costume comum como nas especialidades da medicina convencional. "Até existe,
mas não é freqüente",
diz Márcio Armani, vice-presidente da Associação Paulista de Homeopatia. Segundo Armani,
normalmente o homeopata é procurado para
tratar casos crônicos,
nos quais não se esperam grandes alterações
em curto prazo.
O procedimento tem
dois momentos: a abordagem inicial na primeira consulta, que demora
até duas horas, e as consultas subseqüentes, de
cerca de uma hora cada
uma. Como a primeira é
a mais demorada e é a
que serve de base para os
tratamentos futuros, alguns médicos costumam
cobrar um preço maior,
diz Armani.
No dentista
Nos tratamentos odontológicos,
também não há regra
preestabelecida. O retorno ao consultório sem
ser cobrado é algo avaliado caso a caso, segundo
Ideval Serrano, presidente da comissão de ética do Conselho Regional
de Odontologia de São
Paulo.
"Por exemplo: o paciente é submetido a
uma cirurgia, e os pontos precisam ser removidos. Normalmente, o
profissional agenda um
horário sem cobrar a
consulta. Já em casos de
tratamento periodontal,
em que o paciente deve
retornar sempre para
acompanhamento e reavaliação, é justo que o
profissional cobre o valor de sua consulta", diz
Serrano.
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