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poucas e boas
Nova droga retarda efeito de Alzheimer
KARINA KLINGER
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Acaba de chegar ao país um novo tratamento para o mal de Alzheimer, doença degenerativa que
causa a morte gradual dos neurônios. Trata-se
da substância memantina. Com ela, surge um novo
grupo de drogas eficaz, principalmente, para a doença
em estágios intermediário e avançado. A substância está presente em dois medicamentos -um já está à venda no Brasil, o outro está previsto para chegar em maio.
A droga não apenas ameniza os sintomas da enfermidade como tem ação neuroprotetora. "Diferentemente
das drogas convencionais, que aumentam a produção
da acetilcolina, neurotransmissor que está reduzido em
que tem o mal, a memantina inibe o fluxo de cálcio nas
células, restaurando a fisiologia delas e retardando a degradação celular", diz o neurologista Paulo Bertolucci,
da Unifesp.
Segundo o geriatra João Toniolo Neto, também da
Unifesp, até então os medicamentos disponíveis (rivastignina, donepezil e galantamina) atuavam só no estágio inicial da doença. "Não tínhamos recursos para tratar as fases intermediária e avançada. Com a memantina, é possível trazer mais qualidade de vida ao paciente,
melhorando não só as falhas em sua memória e o seu
humor, como atrasando a morte dos neurônios", diz.
Em janeiro último, um estudo publicado no "Journal
of the American Medical Association", com 404 pacientes de 37 instituições, mostrou que aqueles que tomaram a memantina associada ao donepezil apresentaram
melhora na memória e nas atividades diárias. Segundo
as famílias, os pacientes mostraram-se mais participativos nas conversas, menos depressivos e voltaram a praticar tarefas simples, como atender ao telefone.
A doença atinge 50% da população com mais de 90
anos e de 3% a 5% das pessoas com mais de 75. No Brasil, estima-se que 1 milhão de pessoas convivam com a
doença. "Tudo começa com pequenos lapsos de memória, dificuldade em realizar tarefas corriqueiras, como amarrar os sapatos, até o paciente apresentar aumento no déficit cognitivo, perda de expressão, fala,
movimentos e tornar-se dependente", diz Toniolo.
600 mil brasileiros sofrem de síndromes coronárias
Refrigerante nos dentes O consumo de bebida com gás pode ser a razão
principal do aumento do desgaste do esmalte dos dentes entre adolescentes, aponta estudo britânico feito com mil jovens. O risco de erosão foi 50% maior em crianças de 12 anos e 220% maior nas de 14 que tomavam refrigerante e outras bebidas
com gás. A erosão é causada pelas substâncias ácidas presentes nessas bebidas.
Esclerose e perdas Pesquisa que acompanhou durante dez anos mais de
300 mil famílias, na Dinamarca, concluiu que os pais que perdem seus filhos têm
50% mais chance de desenvolver esclerose múltipla, doença degenerativa do sistema nervoso central. Entre os pais pesquisados, 21.062 haviam perdido um filho, e
293.745 não haviam passado pelo trauma. A ocorrência de esclerose múltipla foi
muito menor no segundo grupo de pais.
Laticínio para gota Beber de um a cinco copos de leite
desnatado por dia reduz em 43% o risco de ter gota, forma de artrite
causada pela cristalização do ácido úrico nas juntas, afirma estudo
do Hospital Geral de Massachusetts, nos Estados Unidos. Foram
avaliados os hábitos alimentares de 47.150 homens. O autor do estudo, o médico Hyon Choi, disse que essa é a primeira evidência científica de que leite
e derivados protegem contra a doença, que já atormentou personalidades como Charles Darwin e Leonardo da Vinci.
Para obesos Amanhã (19/3), às 9h, o Projeto de Atendimento ao Obeso, do Instituto de Psiquiatria do HC, realiza triagem de interessados em participar de programa de atividade física especialmente desenvolvido para obesos. É preciso ter entre 25 e 45 anos, índice de massa corporal entre 30 e 39,9, não estar fazendo outros
tratamentos para obesidade e não ser portador de deficiência física ou doenças crônicas. O endereço do hospital é r. Doutor Ovídeo Pires de Campos, 785, sala 57, 2º
and. Não é necessário fazer inscrição. Mais informações: tel. 0/xx/11/3069-6974.
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