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Como a ciência explica as mulheres
1. As mulheres têm maior domínio do lado direito do cérebro, que
propicia uma forma mais holística (abrangente e integradora) de
ver o mundo e de se relacionar com ele, diz o neurologista Luís Vilanovas, da Unifesp. Por isso presta mais atenção em tudo ao seu
redor.
2. Para cada cinco mulheres com enxaqueca, há dois homens com o
distúrbio. "As flutuações mensais de estrógeno nas mulheres são
um dos estímulos mais importantes para a deflagração da enxaqueca", explica o neurologista Abouch Krymchantowski. A dor de
cabeça "comum" (cefaléia tensional) também prevalece no sexo:
são três mulheres para cada dois homens com o problema.
3. As funções de linguagem estão distribuídas nos dois lados do cérebro dela e lateralizadas no lado cerebral esquerdo do homem.
Ao sofrer uma lesão cerebral, ela tem menos déficit de linguagem e
se recupera melhor, "provavelmente, por essa melhor distribuição
da função nos dois lados", diz o neurologista Paulo Bertolucci.
4. "Muito precocemente, as mulheres são educadas a entrar em contato com o que sentem e a expressar isso", diz o psiquiatra Luiz
Cuschnir. Entre lágrimas e risos, desenvolvem melhor a linguagem corporal e emocional.
5. Isso pode estar ligado à menor produção de serotonina -neurotransmissor responsável pelo bem-estar. As mulheres também
procuram mais ajuda médica, por isso são mais diagnosticadas.
6. Ela faz mais dietas, tem mais dificuldade para emagrecer, em função dos hormônios femininos, e maior predisposição genética para distúrbios como bulimia e anorexia, diz Taki Cordas, do HC.
7. As causas da doença são desconhecidas.
8. As mulheres vivem mais tempo, justifica João Toniolo Neto, geriatra da Unifesp. Não há evidências científicas de que outras características femininas propiciem essa doença degenerativa.
9. O rompimento do equilíbrio emocional com o que está acontecendo ao seu redor é o momento em que uma pessoa psicologicamente afetada pode cometer suicídio, diz o psiquiatra Luiz Cuschnir. Se nesse momento ela receber apoio, cuidado, a tentativa não
se concretiza. A mulher tem menos vergonha de expor fragilidades e angústias e de pedir ajuda. Por isso elas tentam mais, e eles
efetivam o ato.
10. "É provável que haja ligação com os hormônios femininos, pois
a doença fica estabilizada nas pacientes gestantes e, logo após o
parto, costumam surgir surtos", diz a médica Nadine Renzi Rossi.
11. Isso porque a gravidez e o parto estendem a musculatura pélvica; no envelhecimento, perde mais para sustentar a bexiga.
12. Dados do último censo do IBGE, de 2000.
13. Uma das bases para a produção dos hormônios femininos é a
gordura. "Atletas com pouca massa gorda param de menstruar",
diz Paulo Zogaib, especialista em medicina esportiva.
14. Mulheres são mais predispostas às doenças reumáticas em geral, diz o reumatologista Daniel Feldman. Suspeita-se da influências de fatores psicossociais e hormonais.
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