São Paulo, quinta-feira, 18 de outubro de 2001
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Australianos fazem faxina na Antártida

DA REDAÇÃO

A Austrália decidiu seguir o exemplo da França e da África do Sul e está implantando um programa para retirar o lixo deixado por cientistas e exploradores nas bases que mantém na Antártida. O governo australiano assinou um contrato com uma empresa de serviços ambientais para a limpeza da área ocupada pelo país desde 1947, no leste do continente.
Os 42 países signatários do Tratado da Antártida para exploração científica e uso pacífico da região -entre eles o Brasil- são obrigados, por um acordo de 1991, a retirar do território todo o lixo produzido por suas bases. Mas até esse acordo entrar em vigor, em janeiro de 1998, os resíduos eram simplesmente abandonados no local.
Estima-se que os cientistas e exploradores que passaram pela Antártida nos últimos cem anos tenham deixado 300 mil toneladas de lixo, além de acampamentos abandonados e áreas contaminadas por substâncias tóxicas.
Baterias, latas, plásticos, pneus, material de construção, veículos velhos, tubos com produtos químicos e lixo doméstico mancham uma das poucas regiões ainda virgens do planeta e cujo ecossistema é considerado bastante frágil.
Só para retirar as quase 2.500 toneladas de resíduos do setor australiano da Antártida, a Vivendi Enviroment, uma das maiores empresas do mundo de serviços ambientais, afirma que levará cerca de dez anos. Os custos do projeto não foram divulgados.
A empresa vai usar 240 contêineres especiais, com capacidade de 10 toneladas cada um, para transportar o lixo da base de Casey até a Austrália, onde ele será reciclado.
Ao divulgar a iniciativa, o Ministério do Meio Ambiente da Austrália enfatizou que o objetivo do país não é apenas limpar a Antártida, mas dar um exemplo de bom procedimento ambiental às nações que atuam na região. Países como Rússia e China deixaram uma grande quantidade de lixo em suas explorações no continente.


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