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Australianos fazem faxina na Antártida
DA REDAÇÃO
A Austrália decidiu seguir o
exemplo da França e da África
do Sul e está implantando um programa para retirar o lixo deixado por
cientistas e exploradores nas bases
que mantém na Antártida. O governo australiano assinou um contrato com uma empresa de serviços ambientais para a limpeza da
área ocupada pelo país desde
1947, no leste do continente.
Os 42 países signatários do Tratado da Antártida para exploração científica e uso pacífico da região -entre eles o Brasil- são
obrigados, por um acordo de
1991, a retirar do território todo o
lixo produzido por suas bases.
Mas até esse acordo entrar em vigor, em janeiro de 1998, os resíduos eram simplesmente abandonados no local.
Estima-se que os cientistas e exploradores que passaram pela
Antártida nos últimos cem anos
tenham deixado 300 mil toneladas de lixo, além de acampamentos abandonados e áreas contaminadas por substâncias tóxicas.
Baterias, latas, plásticos, pneus,
material de construção, veículos
velhos, tubos com produtos químicos e lixo doméstico mancham
uma das poucas regiões ainda virgens do planeta e cujo ecossistema é considerado bastante frágil.
Só para retirar as quase 2.500 toneladas de resíduos do setor australiano da Antártida, a Vivendi
Enviroment, uma das maiores
empresas do mundo de serviços
ambientais, afirma que levará cerca de dez anos. Os custos do projeto não foram divulgados.
A empresa vai usar 240 contêineres especiais, com capacidade
de 10 toneladas cada um, para
transportar o lixo da base de Casey até a Austrália, onde ele será
reciclado.
Ao divulgar a iniciativa, o Ministério do Meio Ambiente da
Austrália enfatizou que o objetivo
do país não é apenas limpar a Antártida, mas dar um exemplo de
bom procedimento ambiental às
nações que atuam na região. Países como Rússia e China deixaram uma grande quantidade de
lixo em suas explorações no continente.
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