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São Paulo, quinta-feira, 19 de junho de 2003
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O paciente que conhece a intensidade da dor de cabeça que o acomete e quando as crises surgem auxilia o próprio tratamento

Tabela ajuda a identificar tipo de enxaqueca

DA REDAÇÃO

A prevalência da enxaqueca em mulheres é três vezes maior do que em homens. E, como se não bastasse, em 65% dos casos ela é do tipo menstrual. Ou seja, junto com TPM, cólicas, inchaço e dores nos seios, sintomas que não raro acometem as mulheres no período menstrual, ainda há as dores de cabeça específicas da fase, que podem "torturar" na pré ou na pós-menstruação ou durante a mesma.
O tratamento da enxaqueca menstrual não é o mesmo prescrito para os demais tipos de cefaléia. "Existem dores que ocorrem na ovulação, por exemplo, outras ocorrem apenas de madrugada e não são enxaquecas", diz a neurologista Célia Roesler, diretora da Clínica de Cefaléia e Neurologia Dr. Edgard Raffaelli. Por isso, para a pessoa saber a gravidade do seu problema e se ele exige ajuda médica e para auxiliar o profissional na indicação do melhor tratamento, é importante que ela saiba descrever as crises e quando elas costumam surgir.
"Quando a paciente chega, costumamos perguntar quando dói e se a dor é mais acentuada na menstruação. "Não sei, não prestei atenção", dizem muitas pacientes", conta Roesler. Para ajudar a mensurar a gravidade do problema e o tipo de enxaqueca, a clínica desenvolveu um modelo de tabela muito simples.
Há espaço para o paciente registrar a frequência e a intensidade das dores, os horários em que elas surgem e a quantidade de medicamentos consumidos. Essas informações devem ser completadas durante três ou até seis meses para que o paciente, se for o caso de procurar ajuda médica, chegue ao consultório com informações mais precisas sobre o problema.
No caso da enxaqueca puramente menstrual, diz Roesler, o tratamento, em geral, consiste na prescrição de vitamina B6 -em doses mais altas do que as quantidades existentes nos complexos vitamínicos- ou de antiinflamatórios não-hormonais.
Se você está para entrar na menopausa, uma notícia alentadora: cerca de 60% das mulheres melhoram da enxaqueca, até mesmo a não-menstrual, após a menopausa devido a mudanças hormonais, diz a médica. Fazer reposição hormonal, porém, pode causar o retorno das crises.
Para os demais tipos de enxaqueca, o tratamento é à base de antidepressivos, anticonvulsivos, antiinflamatórios ou medicamentos para pressão.


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