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O paciente que conhece a intensidade da dor de cabeça que o acomete e quando as crises surgem auxilia o próprio tratamento
Tabela ajuda a identificar tipo de enxaqueca
DA REDAÇÃO
A prevalência da enxaqueca em mulheres é três vezes maior do que em homens. E, como se não
bastasse, em 65% dos casos ela é do tipo menstrual.
Ou seja, junto com TPM, cólicas, inchaço e dores nos
seios, sintomas que não raro acometem as mulheres
no período menstrual, ainda há as dores de cabeça específicas da fase, que podem "torturar" na pré ou na
pós-menstruação ou durante a mesma.
O tratamento da enxaqueca
menstrual não é o mesmo prescrito para os demais tipos de cefaléia. "Existem dores que ocorrem
na ovulação, por exemplo, outras
ocorrem apenas de madrugada e
não são enxaquecas", diz a neurologista Célia Roesler, diretora da
Clínica de Cefaléia e Neurologia
Dr. Edgard Raffaelli. Por isso, para a pessoa saber a gravidade do
seu problema e se ele exige ajuda
médica e para auxiliar o profissional na indicação do melhor tratamento, é importante que ela saiba
descrever as crises e quando elas
costumam surgir.
"Quando a paciente chega, costumamos perguntar quando dói e
se a dor é mais acentuada na
menstruação. "Não sei, não prestei atenção", dizem muitas pacientes", conta Roesler. Para ajudar a
mensurar a gravidade do problema e o tipo de enxaqueca, a clínica desenvolveu um modelo de tabela muito simples.
Há espaço para o paciente registrar a frequência e a intensidade
das dores, os horários em que elas
surgem e a quantidade de medicamentos consumidos. Essas informações devem ser completadas durante três ou até seis meses
para que o paciente, se for o caso
de procurar ajuda médica, chegue
ao consultório com informações
mais precisas sobre o problema.
No caso da enxaqueca puramente menstrual, diz Roesler, o
tratamento, em geral, consiste na
prescrição de vitamina B6 -em
doses mais altas do que as quantidades existentes nos complexos
vitamínicos- ou de antiinflamatórios não-hormonais.
Se você está para entrar na menopausa, uma notícia alentadora:
cerca de 60% das mulheres melhoram da enxaqueca, até mesmo
a não-menstrual, após a menopausa devido a mudanças hormonais, diz a médica. Fazer reposição hormonal, porém, pode
causar o retorno das crises.
Para os demais tipos de enxaqueca, o tratamento é à base de
antidepressivos, anticonvulsivos,
antiinflamatórios ou medicamentos para pressão.
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