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No avião há menos "ar"
Respiração: há menos
oxigênio disponível na aeronave, devido à pressão
atmosférica, que é equivalente à de uma altitude de
3.000 metros. Resultado:
respirar fica mais difícil.
Em passageiros saudáveis,
isso não significa problema; no máximo, pode
causar sensação de incômodo ou uma leve dor de
cabeça. Mas, em pessoas
com problemas respiratórios, como bronquite ou
asma crônicas, pode desencadear uma crise. Como a redução de oxigênio
atinge todos os tecidos do
corpo, pessoas com problemas cardiovasculares
ou algum distúrbio sanguíneo, como anemia, podem ser menos tolerantes.
Dicas: não fique andando
pelo avião; se sentir falta
de ar, reduza o nível de atividade e de conversação.
Estômago e intestino:
durante o vôo, o ar se expande em todas as cavidades do corpo. O estômago
e o intestino são dois dos
órgãos mais atingidos, onde pode haver flatulência.
Dica: não consuma bebida com gás antes do embarque, pois as bolhas de
gás comprimidas pela
pressão atmosférica vão se
expandir quando a pressão, no alto, diminuir.
Pele: a umidade relativa
do ar é muito baixa na aeronave. Depois de seis horas de vôo, pode chegar a
10% (a do Saara, na África,
é em torno de 13%). Por
isso é comum a pele ressecar e, em vôos mais longos, algumas pessoas terem sangramento no nariz. Dicas: use hidratante;
se houver sangramento,
procure a tripulação.
Hidratação: o ar é muito seco dentro do avião.
Com isso, as cavidades
respiratórias ficam ressecadas. Se o passageiro não
ingerir bastante líquido
durante o percurso, pode
apresentar um princípio
de desidratação, com sintomas como dor de cabeça, sonolência e irritação.
Dica: beba bastante água.
Membros inferiores: em
vôos longos, a permanência na posição sentada
causa acúmulo de líquidos
nas pernas e nos pés, podendo causar inchaço
nessas áreas. Na pior das
hipóteses, pode ocorrer
trombose venosa profunda (erroneamente chamada de síndrome da classe
econômica, já que não é
exclusividade da viagem
de avião, mas de qualquer
meio de transporte onde
se passe muito tempo sentado). Nesse caso, formam-se coágulos nas
veias profundas das pernas, e quando a pessoa se
levanta, eles podem se
desprender e caminhar
pelo corpo, atingindo um
órgão. Mulheres que
usam anticoncepcionais
orais (eles interferem no
processo de coagulação),
quem já teve algum tipo
de trombose e quem ficou
muito tempo acamado e
viaja em seguida são mais
propensos ao problema.
Dicas: procure se movimentar, quando for seguro, levante e abaixe a ponta dos pés para exercitar a
batata da perna, use meias
compressivas e evite roupas e sapatos apertados.
Ritmo do organismo: a
mudança de fuso horário
causa uma confusão no
organismo, o chamado
"jet leg". Sonolência, irritabilidade, fadiga leve e alteração no nível de concentração são algumas das
consequências. Dica: expor-se, o mais rápido possível, à variação luz/escuridão. Isso significa que,
mesmo que sinta sono durante o dia, aguente firme
e durma só à noite.
Ouvido: devido à variação da pressão atmosférica, principalmente na decolagem e na aterrissagem, é comum o ouvido
ficar "entupido" ou ainda
apresentar dores leves, já
que ocorre uma pressão
do ar sobre o tímpano.
Crianças são as mais afetadas. Dicas: abra e feche a
boca repetidamente durante o pouso e a decolagem; aos menores, dê a
chupeta ou a mamadeira.
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