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Retrato da alta de leitura
Brasileiro lê pouco. A
conclusão, que não
chega a surpreender,
faz parte de uma pesquisa realizada no início deste ano pela Câmara Brasileira do Livro em 46 cidades de
diferentes regiões do
Brasil. Os dados do levantamento revelam
que o desinteresse pela
leitura está ligado a razões econômicas e culturais. Entre os membros da classe A, 50%
tinham o hábito de ler;
na B, 37%; na C, 27%, e
na classe D, 21%. As
porcentagens são
igualmente proporcionais ao nível de escolaridade: grau superior,
55%; ensino médio,
29%; 5ª a 8ª séries, 15%;
1ª a 4ª séries, 10%. Apenas um terço das pessoas alfabetizadas e
com mais de 14 anos leram um livro nos três
meses anteriores ao levantamento, e 20% dos
entrevistados não tinham um único livro
em casa. Os que poderiam ler, mas não liam,
alegavam falta de tempo (39%) e dinheiro
para comprar livros
(11%). Mais de 60% do
total dos compradores
de livros têm mais de
30 anos de idade, sem
distinção de sexo. Somente 1% de um universo de 5.980 entrevistados declarou ter uma
biblioteca com mais de
500 volumes.
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