São Paulo, quinta-feira, 21 de setembro de 2000
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Laptop na cama

A primeira coisa que o empresário paulista Wagner Andrade, 39, faz quando acorda é colocar o walkman para ouvir notícias econômicas no rádio. "Caminho 6 km todos os dias, sempre ouvindo os programas jornalísticos da manhã." A partir daí, fica plugado literalmente até a hora em que fecha os olhos. "Volta e meia levo o laptop para a cama. Enquanto assisto TV com minha mulher, checo as últimas notícias." Até agosto passado, Andrade era vice-presidente da Oracle, maior produtora mundial de banco de dados. Há um mês abriu sua própria empresa. Virar patrão só aumentou a necessidade de Andrade se sentir bem informado. "Preciso saber tudo sobre as empresas com as quais me associo. Tenho de ficar ligado o tempo todo", justifica. Antes de sair para trabalhar, Andrade lê superficialmente os três jornais que assina -dois deles econômicos. "Nunca dá tempo de ler tudo. Separo o que me interessa e levo comigo." Se tem de visitar um cliente, ela usa o táxi em vez do carro. "Aproveito o trânsito para folhear as quatro revistas semanais que assino." Até quando precisa desacelerar, Andrade dá um jeito de continuar se informando. Se está com a cabeça a mil e sem sono, apela para as revistas não lidas, colocadas numa cabeceira ao lado da cama. A mania por informação não se limita ao trabalho. Todas as sextas-feiras, antes de sair do trabalho, Andrade transfere para seu palmtop -micro de mão- um programa com endereços de bares e restaurantes, além da programação de teatro e cinema. "É bom ter todas as opções à mão. Indo para casa, já escolho o filme que vou ver. E, do cinema, seleciono o restaurante onde vou jantar e uso o celular para fazer a reserva."



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