São Paulo, quinta-feira, 22 de abril de 2004
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Como a mulher pode colaborar

Para o homem exercer a paternidade, a colaboração da mulher -ou ex-mulher- é quase sempre indispensável. Primeiro, ela deve ter em mente que o homem, em geral, não sabe desempenhar o papel de cuidador e precisa passar por um processo de aprendizagem, já que essas informações não costumam ser transmitidas a eles. Aliás, em muitas situações, a mulher é a fonte de inspiração ou o modelo a ser seguido por ele.
"Ela deve ajudar o companheiro a lidar com essa nova masculinidade, em que a demonstração de sentimentos é uma necessidade. Ela pode e deve até incentivar esse tipo de comportamento", diz a psicóloga Vera Lúcia Senatro, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (SP).
Ajudar o homem a desempenhar o papel de pai, em tese, livraria a mulher de tarefas que ela sempre teve de assumir sozinha. Mas, apesar de árduas, nem sempre a mulher abre mão de exercê-las.
"O processo é tão complexo que hoje a disputa por essas funções têm sido comum tanto em casais que estão juntos como em ambientes onde o casamento acabou. Isso pode acontecer de forma inconsciente, como uma competição de quem pode mais. Mas nada muito grave", diz a terapeuta familiar Sandra Fedullo Colombo. Na verdade, um não é mais importante do que o outro; pai e mãe se complementam.
E a boa notícia para eles: esse parceiro mais sensível e aberto a experiências tem atraído o interesse das mulheres, diz o psiquiatra Luiz Cushnir.


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