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poucas e boas
Questionário indica risco de glaucoma
ANA PAULA DE OLIVEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O glaucoma é a principal causa de cegueira no
Brasil. Isso não ocorre apenas porque a doença
é incurável, mas também porque metade dos
900 mil brasileiros com glaucoma não sabe que sofre
desse mal e, portanto, não faz nenhum dos tratamentos
disponíveis para controlá-lo. Para tentar aumentar o
número de casos diagnosticados precocemente, a
Abrag (Associação Brasileira dos Portadores de Glaucoma) elaborou um questionário que indica o risco de a
pessoa desenvolver a doença.
No glaucoma, o sistema de drenagem do humor
aquoso -subproduto do sangue que nutre estruturas
do olho- está obstruído. "O líquido fica represado, o
que aumenta a pressão intra-ocular e provoca, gradativamente, a perda da visão, começando pela periférica",
diz o oftalmologista da Unifesp (Universidade Federal
de São Paulo) Paulo Augusto de Arruda Melo, presidente científico da Abrag.
O processo da perda da visão periférica é tão lento
que, geralmente, o paciente não sente nenhuma alteração. "Quando isso ocorre, significa que a doença já está
em estágio avançado", afirma Ricardo Uras, chefe da
disciplina de oftalmologia da Unifesp.
O glaucoma não tem cura, mas o diagnóstico precoce
amplia as chances de a doença ser controlada de modo a
evitar a cegueira. O tratamento inclui uso freqüente de
colírios e cirurgia em alguns casos.
A doença não tem relação com a pressão arterial. Sua
incidência aumenta após os 40 anos, idade a partir da
qual recomenda-se avaliações anuais com o oftalmologista. "Não existem causas definitivas para a doença,
mas, sim, grupos de risco. Por exemplo, o glaucoma é
mais comum em diabéticos, pessoas negras ou filhos de
portadores da doença", ressalta Melo. O teste da Abrag
avalia se a pessoa pertence ou não aos grupos de risco.
No Dia Nacional de Combate à Cegueira pelo Glaucoma (26/5), a associação distribuirá o questionário na av.
Paulista (vão livre do Masp, SP) e medirá a pressão intra-ocular gratuitamente. Mais informações no site
www.abrag.com.br e pelo tel. 0/xx/11/5575-2302.
Há cerca de 277 mil portadores do vírus da Aids no Brasil, dos quais 28% são mulheres
Meninos insones Estudo da Universidade de Michigan (EUA) que acompanhou 257 garotos por dez anos constatou que aqueles que apresentavam dificuldade para dormir na primeira infância correm um risco 2,3 maior de desenvolverem
algum vício -em álcool, cigarro ou drogas- na adolescência. Os pesquisadores
acreditam que os dois problemas estejam associados a uma disfunção neurológica.
Gengibre contra enjôo Grávidas que consomem 1 g de gengibre in natura
ou três cápsulas com 25 mg de vitamina B6 diariamente sentem menos enjôo matinal e vomitam menos. A conclusão é de pesquisa feita na Universidade de Adelaide
(Austrália), que envolveu 291 mulheres. As duas substâncias apresentaram eficácia
semelhante.
Vínculos para o coração De acordo com estudo divulgado pela revista médica britânica "Heart", infartados com vínculos afetivos fortes correm menor risco de morrer de problemas cardíacos ou de ter um segundo infarto. Os pesquisadores avaliaram
583 homens e mulheres infartados, com idade média de 60 anos,
durante a hospitalização e um ano depois.
Pancada no humor Mesmo quando são suaves, as concussões (golpes na cabeça) podem acarretar problemas emocionais nos dias seguintes ao acidente, como sentimento de frustração e de raiva, depressão e lapsos de memória. A conclusão é de pesquisa da Universidade de Toronto (Canadá), que comparou as reações
de mais de 350 atletas estudantis, dos quais 16 sofreram concussão.
Trauma e violência A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) está recrutando pessoas de 18 a 60 anos com transtorno de estresse pós-traumático decorrente de eventos violentos, como abuso sexual e seqüestro. Os voluntários terão
tratamento gratuito. Mais informações pelo tel. 0/xx/11/5576-4494, das 8h às 17h.
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