São Paulo, quinta-feira, 22 de junho de 2000 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
boquiaberto Riqueza importada Até chegar ao Brasil, a cana-de-açúcar percorreu um tortuoso caminho, que começou na Nova Guiné e incluiu escalas na Ásia e na Europa. Os portugueses trouxeram as mudas para cá logo após o Descobrimento, erguendo o primeiro engenho em São Vicente (SP). Mas a planta gostou mesmo foi da terra de Pernambuco, aclimatando-se tão bem que substituiu rapidamente a extração de pau-brasil como principal atividade econômica da colônia. Conservas bélicas Os primeiros enlatados foram produzidos no início do século 19 por Nicolas Appert, confeiteiro francês. O método consistia em cozinhar os alimentos, colocá-los em latas de folha-de-flandres, soldar as tampas e, em seguida, mergulhar as latas fechadas em água fervente. O primeiro a aprovar a novidade foi Napoleão Bonaparte, que, com as latas de Appert, pôde alimentar os soldados nas frentes de batalha. Espinhas ao mar Um peixe que se transforma em gente e tem habilidades sobrenaturais. Esse é o salmão na visão mitológica de alguns povos indígenas da costa noroeste da América do Norte. Para garantir uma pesca sempre abundante, os índios comem a carne, mas devolvem as espinhas e os ossos para a água. Acreditam que, dessa forma, o "povo salmão" consegue refazer seu corpo e renascer, alternando ciclos de vida como peixe e como ser humano. Caldo no balcão Embora as estalagens servissem alimentos aos viajantes desde a Idade Média, os restaurantes modernos têm origem mais recente. Em 1765, o francês Boulanger abriu uma loja em Paris para vender caldos fortificantes conhecidos como "restaurats", conquistando clientes como o enciclopedista Diderot. Os "restaurateurs" multiplicaram-se e passaram a servir pratos requintados, descritos em folhas emolduradas -as "avós" dos cardápios atuais. Texto Anterior: Na mesa: A sofisticação tem seus truques Próximo Texto: Ondas eletromagnéticas poluem o ar das cidades Índice |
|