São Paulo, quinta-feira, 22 de julho de 2004
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Tragédia nas férias impulsionou a criação de entidade

Para algumas pessoas, o impulso para o engajamento vem da sensação de que é possível evitar que outros passem pelo mesmo sofrimento. É o caso da arquiteta Silvia Basile, 51, fundadora da Associação Férias Vivas (www.feriasvivas.org.br), fundada em julho de 2002, que trabalha pela normatização de procedimentos seguros nas empresas turísticas. Silvia perdeu a filha de nove anos em fevereiro de 2002, num acidente a cavalo, quando passava férias num resort cinco estrelas em Maragogi (Alagoas). Na época, encarou tudo como um acidente, mas, quatro meses depois, soube que o hotel continuava a oferecer o passeio a cavalo com as mesmas condições inadequadas que levaram à queda da criança. "Tive um "insight" de que poderia acontecer de novo e de que precisava fazer alguma coisa", diz. "Assim como eu e meu marido confiamos na estrutura do hotel, outros pais confiariam." A Associação Férias Vivas foi formalizada no dia em que a filha de Silvia faria dez anos. Hoje conta com uma rede de informação em todo o país, dando apoio psicológico a famílias que passam por problemas parecidos. "O trabalho da ONG ajudou a me manter sã e saudável. Eu fiquei deprimida, mas não desisti, como é comum com pais que perdem seus filhos."

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