|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Tragédia nas férias impulsionou a criação de entidade
Para algumas pessoas, o impulso para o engajamento vem da sensação de que é possível evitar que
outros passem pelo mesmo sofrimento. É o caso da
arquiteta Silvia Basile, 51, fundadora da Associação
Férias Vivas (www.feriasvivas.org.br), fundada
em julho de 2002, que trabalha pela normatização
de procedimentos seguros nas empresas turísticas.
Silvia perdeu a filha de nove anos em fevereiro de
2002, num acidente a cavalo, quando passava férias
num resort cinco estrelas em Maragogi (Alagoas).
Na época, encarou tudo como um acidente, mas,
quatro meses depois, soube que o hotel continuava
a oferecer o passeio a cavalo com as mesmas condições inadequadas que levaram à queda da criança.
"Tive um "insight" de que poderia acontecer de
novo e de que precisava fazer alguma coisa", diz.
"Assim como eu e meu marido confiamos na estrutura do hotel, outros pais confiariam."
A Associação Férias Vivas foi formalizada no dia
em que a filha de Silvia faria dez anos. Hoje conta
com uma rede de informação em todo o país, dando apoio psicológico a famílias que passam por
problemas parecidos.
"O trabalho da ONG ajudou a me manter sã e
saudável. Eu fiquei deprimida, mas não desisti, como é comum com pais que perdem seus filhos."
Texto Anterior: Frases Próximo Texto: Amputação levou aposentado ao antitabagismo Índice
|