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poucas e boas
Tratamento de DAOP pode prevenir infarto
ANTONIO ARRUDA
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Dores, desconforto e formigamento nas pernas
podem indicar mais do que um problema muscular: podem ser sintomas da doença arterial
obstrutiva periférica (DAOP), distúrbio caracterizado
pela obstrução das artérias dos membros inferiores e
que pode atingir 6,5% da população brasileira, segundo
pesquisa inédita feita pela Sociedade Brasileira de Cardiologia-Funcor com 1.200 pessoas de 70 cidades.
"Esse percentual pode estar subestimado, já que mesmo pessoas assintomáticas podem ter o distúrbio", diz
o cardiologista Raimundo Marques do Nascimento Neto, diretor-executivo da SBC-Funcor. Muitas vezes confundida com um reumatismo, a DAOP deve ser investigada com cautela, pois, segundo Nascimento, 60% dos
pacientes que sofrem do distúrbio apresentam "um elevado risco de sofrer um infarto ou um AVC (acidente
vascular cerebral)".
Dos possíveis portadores de DAOP (os 6,5% identificados na pesquisa), 41% têm 50 anos ou mais, 76,9%
não praticam esportes, 38,5% fumam ou já fumaram,
48,7% têm pressão arterial alta e 14,1% possuem colesterol elevado ou diabetes. Por isso, diz Nascimento,
"pessoas com mais de 40 anos ou que se encaixem em
um desses padrões devem procurar um especialista".
O exame tornozelo-braquial, que detecta a DAOP,
consiste em tirar a pressão arterial dos braços e das pernas do paciente. "Qualquer cardiologista pode fazê-lo,
mas essa prática não é muito difundida aqui", conta
Marcia Makdisse, que, chefe do setor de cardiogeriatria
da Unifesp, já treinou cardiologistas em mais de 70 centros de saúde ligados à SBC-Funcor. "A idéia é que os
médicos passem a buscar de forma ativa esse diagnóstico, já que dois terços dos pacientes não apresentam sintomas", diz ela. De acordo com a médica, mudança de
hábitos e o uso de medicamentos "podem reduzir em
47% o risco de morte por doenças cardíacas e de um
AVC". O próximo passo da SBC-Funcor é aplicar um
questionário e realizar exames em 2.500 mil pessoas para "criar a primeira base brasileira para cálculo da incidência do distúrbio", segundo Nascimento.
No Brasil, estima-se que uma em cada cem pessoas seja esquizofrênica
Corte o sal Adotar uma dieta pobre em sal pode ajudar não apenas os hipertensos, segundo pesquisa realizada por médicos do hospital Saint George (Inglaterra), que envolveu 3.000 participantes. O estudo concluiu que reduzir o consumo
de sal provoca a diminuição da pressão arterial também em não-hipertensos,
que ficam ainda menos expostos a derrames e a ataques do coração.
Câncer e cansaço De acordo com estudo da Universidade Charité (Alemanha), a fadiga em pacientes com câncer pode ser causada por depressão e pela
pouca atividade física, e não pela debilidade do sistema imunológico. Em alguns
casos, o cansaço pode ser tão grande que impede o paciente de realizar qualquer
atividade.
Diabetes sem dúvidas Escrito pelo médico
Irl B. Hirsh, professor da Universidade de Washington, o livro "12 Coisas que Você Precisa Saber para Tratar a Diabetes... Agora!" (180 págs.,
R$ 36, ed. Anima, tel. 0/xx/21/2585-2002) responde, em 12 capítulos, às perguntas mais comuns do diabético, como as possíveis complicações da doença, os medicamentos utilizados no
tratamento e os problemas que podem surgir
durante a gravidez. A obra traz ainda os principais fatores de risco para o desenvolvimento de
diabetes e explica como organizar a rotina do
tratamento, sabendo o que esperar de cada consulta ao médico e como monitorar o nível de glicemia diariamente.
Manual para grávidas Do tratamento adequado do cabelo às contrações do parto, o "Guia
Crescer da Gravidez" (176 págs., R$ 30, ed. Globo, tel. 0/xx/11/3457-1555) explica às futuras
mães como cuidar da saúde e da mente nos nove
meses de gestação. Dividido em quatro capítulos
-"Beleza", "Saúde", "Os Nove Meses" e "O Parto"-, o livro foi desenvolvido pela revista "Crescer em Família", da editora Globo, e reúne informações colhidas entre especialistas das áreas de
medicina, psicologia, estética e nutrição. No final
da obra, há um ABC do parto, que auxilia a mãe a
decidir entre o parto natural e a cesariana e a escolher a melhor maternidade.
Voluntárias Adolescentes do sexo feminino
que estejam acima do
peso podem participar
de uma pesquisa sobre o
controle da obesidade
que será desenvolvida
pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) a partir de agosto.
É preciso ter entre 15 e 18
anos e apresentar índice
de massa corpórea (divisão do peso pela altura
ao quadrado) igual a ou
maior que 30. As inscrições devem ser feitas no
Ambulatório de Pediatria e Adolescência da
Unifesp (r. Botucatu,
715, São Paulo) entre os
dias 28 e 30 de julho (tel.
0/ xx/11/ 5576-4000).
Confiança nos pequenos Crianças a
partir de seis anos são
capazes de entender
seus problemas de saúde e contar aos pais, com
segurança, o que está
ocorrendo com elas, segundo estudo realizado
pela escola de saúde pública Johns Hopkins
Bloomberg (EUA). A
conclusão da pesquisa
sugere que questionários feitos diretamente
com as crianças, sem a
intervenção dos pais
-que, muitas vezes, relatam fatos diferentes
dos narrados pelos filhos-, podem oferecer
dados confiáveis aos pediatras e orientar o tratamento de doenças.
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