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Grupos de apoio ao pai separado
"Meu mundo desabou no tribunal. De pai, saí como
visitante." Declarações
desoladas como essa e o
sentimento de desgosto
de pais que se vêem privados da convivência dos
filhos deflagraram movimentos de ajuda para homens que reivindicam o
direito de continuarem a
ser pais. Ou seja, de viverem separados do cônjuge, mas não do filho.
No Brasil, já há cerca de
dez associações legalizadas que oferecem de
apoio psicológico a assistência jurídica. Cada uma
é voltada a um tipo de assistência. O aspecto jurídico do divórcio e da
guarda dos filhos, por
exemplo, é a especialidade do site Pai Legal, que
reúne artigos, leis e grupo
de discussão on-line. Já a
ONG Pais para Sempre
fornece informações sobre as vantagens da guarda compartilhada para o
equilíbrio emocional da
criança e também as características legais do regime. Confira nesta página uma relação de entidades daqui e do exterior.
Foi a perda da guarda
do filho, em 1997, que
motivou o autor da frase
que abre este texto, Carlos Roberto Bonato, a
fundar a Apase, uma das
entidades pioneiras do
gênero.
"Da mesma maneira
que precisei de amparo
emocional e jurídico, senti que outros também poderiam precisar, daí me
empenhei em organizar a
Apase." No início, Bonato restringia a participação à entidade apenas para homens. "Depois entendi que o principal motivo de nossa luta é a convivência da criança com
ambos os pais", explica,
dizendo que mais de
2.000 pessoas já foram
ajudadas pela Apase.
"Certamente, de 70% a
80% são homens. Porém
as mulheres são bem
mais participativas."
Assim como os pais lutam pelo direito de conviver com o filho, algumas
mães procuram entidades para tentar aproximar o ex-marido de seus
rebentos. "De quebra,
ainda tentam entender a
alma masculina", diz Alfredo Oton de Lima, presidente da Participais e
"separado há oito anos de
meu filho".
"Depois de nos separarmos, meu ex-marido "fazia o favor" de ver nossos
filhos. Procurei a Participais para tentar trazer de
volta o relacionamento
que ele tinha com as crianças", conta a analista de
sistema D.S.F., que não
quis se identificar para
preservar os filhos e o ex.
Aos poucos, a analista,
apoiada pela entidade,
mostrou ao ex-marido a
importância de sua participação na criação dos filhos. "Não adianta recorrer à Justiça para obrigar o
pai a ver seu filho. Isso tem
de ser espontâneo, e não
uma obrigação."
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