São Paulo, quinta-feira, 26 de julho de 2001
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firme e forte

Shiatsu é novo "prato" de restaurantes de SP

ALEXANDRE PETILLO - FREE-LANCE PARA A FOLHA

O hábito de recorrer ao shiatsu, técnica japonesa de massagem, para aliviar o estresse do dia-a-dia está conquistando adeptos em São Paulo. Terapeutas oferecem sessões rápidas em locais inusitados, como parques, cabeleireiros, shopping centers e restaurantes. Essa moda, como tantas outras, foi importada dos EUA. Na década passada, houve uma proliferação de massagistas de rua nos grandes centros urbanos, como Nova York. "Era comum ver profissionais carregando a cadeira de shiatsu pelas ruas. Aliás, as cadeiras usadas aqui foram inventadas nos Estados Unidos", afirma o massoterapeuta Marco Ikeda.
Especialista em shiatsu, Ikeda trabalha há mais de um ano em um cabeleireiro. Ele fica diariamente à disposição dos clientes e garante que o movimento é constante. "As pessoas pedem muito o shiatsu. Depois de um dia inteiro de trabalho, elas vêm ao cabeleireiro e aproveitam para cuidar tanto da beleza quanto da saúde", diz. O proprietário do salão, Roberto Capelli, confirma: "Depois que eu passei a oferecer as sessões de shiatsu, o movimento duplicou".
O shiatsu está se tornando comum também nos restaurantes. Em São Paulo, pelo menos três oferecem a massagem gratuitamente para seus clientes: o Tantra, o Kabuki e o Pharmacia.
"As pessoas precisam aliviar a tensão; as que almoçam aqui não se sentem intimidadas e fazem a massagem, que funciona como um aditivo para continuar o dia", afirma a massagista Fátima Machado, que trabalha no Tantra.
Segundo Walter Gola, um dos sócios do Kabuki, os clientes chegam a formar fila diante dos dois terapeutas no horário de pico do restaurante -das 21h às 22h. "Nossa cadeira fica no meio do restaurante, e muitas pessoas reservam mesa com antecedência justamente por causa da massagem."
Preocupadas com a saúde e a produtividade dos funcionários, algumas empresas estão encaixando o shiatsu no expediente. É o caso da agência de publicidade Fábrica Comunicação Dirigida. "Implantamos as sessões de shiatsu duas vezes por semana há quase um ano, e foi um sucesso. O funcionário adora e trabalha muito mais e com mais vontade", afirma Luiz Buono, diretor da agência.
Para atender à demanda empresarial, há terapeutas autônomos que vão ao local de trabalho dos clientes e também empresas que prestam esse serviço. A Massage Company aceita atender grupos de, no mínimo, cinco funcionários. As sessões básicas duram em média 15 minutos, durante as quais o massagista dá atenção especial às áreas mais tensas do corpo -pescoço, ombros, coluna e região lombar.
O shiatsu também vem ocupando lugar fora do ambiente urbano. Por iniciativa do massagista Ricardo Costa, a terapia foi incluída na preparação dos atletas que participam dos campeonatos de surfe do litoral paulista. Ele começou a oferecer massagens aos surfistas nas praias de Ubatuba e logo passou a ser requisitado em todas as competições.
"O desempenho dos participantes melhora após uma sessão de shiatsu. Os patrocinadores dos campeonatos estão se organizando para que eu participe de todas as etapas", diz Costa, que também atende em domicílio. Nos fins de semana, quando não está no litoral, ele costuma oferecer o shiatsu aos frequentadores dos parques Ibirapuera e da Água Branca.



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