As diretrizes para avaliação de risco e metas de tratamento para colesterol alto devem mudar a partir de 2010, acredita Raul Dias dos Santos, presidente do departamento de aterosclerose da SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia) e próximo coordenador de diretrizes para aterosclerose da entidade.
"Hoje, é calculado o risco de infarto e morte para dez anos, avaliado por cinco fatores: colesterol total, pressão arterial, tabagismo, colesterol HDL e idade. As novas diretrizes, que serão definidas nos EUA no ano que vem e, no Brasil, em 2011, devem indicar um cálculo de risco para um tempo de vida de 40 anos. A avaliação também deverá incluir mais eventos do que a atual: além de infarto e morte, uma nova escala permitirá avaliar o risco de acidente vascular cerebral, de insuficiência cardíaca e de doença arterial periférica", diz Santos.
As metas de tratamento de colesterol alto também podem mudar. Os limites atuais de colesterol LDL são 160 para pessoas de baixo risco, 130 para risco médio e 100 para alto risco. "A tendência é que esses limites diminuam para 70 no grupo de alto risco e para 100 nas pessoas de risco intermediário", explica o cardiologista.


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