São Paulo, quinta-feira, 26 de novembro de 2009
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Prótese de válvula

A obstrução da válvula aórtica acomete pacientes com mais de 50 anos, que, frequentemente, apresentam doenças associadas que tornam a cirurgia um procedimento muito arriscado. "Entre 30% e 35% dessa população não tem condições de ser operada. O risco cirúrgico é muito elevado", diz José Armando Mangione, cardiologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
Há cerca de um ano, esses pacientes podem recorrer a um implante, colocado via cateter, sem necessidade de abertura do tórax nem de anestesia geral. Através de um cateter, uma armação metálica autoexpansiva carrega a válvula até o local da obstrução. Uma vez lá, a armação se abre como um guarda-chuva e a prótese assume o lugar da válvula doente.
Além de o risco ser mais baixo do que o da cirurgia, a recuperação é muito mais rápida.
Segundo o hemodinamicista Pedro Lemos, do Hospital Sírio-Libanês, o implante ainda não substitui a cirurgia para os demais pacientes por ser uma técnica nova -é preciso mais tempo para saber como os pacientes responderão ao tratamento. "Mas é bem possível que, no futuro, o implante seja feito em pessoas que hoje são operadas, com a vantagem de ser menos invasivo", afirma.
O implante da válvula aórtica é feito desde 2006 na Europa, e há cerca de um ano no Brasil. Mais tempo é preciso para que se conheça sua durabilidade.


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