|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Prótese de válvula
A obstrução da válvula aórtica acomete pacientes com mais
de 50 anos, que, frequentemente, apresentam doenças associadas que tornam a cirurgia
um procedimento muito arriscado. "Entre 30% e 35% dessa
população não tem condições
de ser operada. O risco cirúrgico é muito elevado", diz José
Armando Mangione, cardiologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
Há cerca de um ano, esses pacientes podem recorrer a um
implante, colocado via cateter,
sem necessidade de abertura
do tórax nem de anestesia geral. Através de um cateter, uma
armação metálica autoexpansiva carrega a válvula até o local
da obstrução. Uma vez lá, a armação se abre como um guarda-chuva e a prótese assume o
lugar da válvula doente.
Além de o risco ser mais baixo do que o da cirurgia, a recuperação é muito mais rápida.
Segundo o hemodinamicista
Pedro Lemos, do Hospital Sírio-Libanês, o implante ainda
não substitui a cirurgia para os
demais pacientes por ser uma
técnica nova -é preciso mais
tempo para saber como os pacientes responderão ao tratamento. "Mas é bem possível
que, no futuro, o implante seja
feito em pessoas que hoje são
operadas, com a vantagem de
ser menos invasivo", afirma.
O implante da válvula aórtica
é feito desde 2006 na Europa, e
há cerca de um ano no Brasil.
Mais tempo é preciso para que
se conheça sua durabilidade.
Texto Anterior: Teste de esteira Próximo Texto: Terapia gênica Índice
|