São Paulo, quinta-feira, 29 de abril de 2004
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poucas e boas

Corrida na água ajuda quem tem fibromialgia

ALEXANDRE MANDL
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Um exercício de baixo impacto que também promove o relaxamento pode melhorar a qualidade de vida das pessoas que sofrem de fibromialgia, doença de origem desconhecida e ainda sem cura, que é caracterizada por dor crônica em várias partes do corpo e fadiga, entre outros sintomas. Segundo uma tese de doutorado apresentada recentemente na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), a corrida na água, também conhecida como "deep running", é tão benéfica para os pacientes quanto a caminhada no solo, com a vantagem de ser mais segura, pois o risco de lesões e traumas é menor.
A inclusão de exercícios no tratamento da fibromialgia é recomendada pelos médicos há mais de 20 anos. A atividade física aumenta a produção de serotonina e endorfina, dois neurotransmissores associados à percepção da dor, combatendo, portanto, o principal sintoma da doença. Muitos pacientes, porém, temem que os exercícios causem mais dor.
"Muitas pessoas que têm fibromialgia pensam que não podem mais fazer nada. Com o tratamento na água, elas se sentem mais confortáveis porque relaxam mais", afirma o reumatologista e fisiatra Marcos Renato de Assis, autor da tese. Em sua pesquisa, 60 mulheres de 18 a 60 anos foram submetidas a um treinamento de 15 semanas. Metade delas fez caminhadas e as demais praticaram "deep running". Os dois grupos apresentaram melhora no condicionamento físico e na redução da dor, mas o exercício aquático teve um efeito maior sobre os aspectos psicológicos. "As pacientes ficaram mais confiantes e bem-humoradas", diz Assis.
"A corrida na água é o exercício ideal para qualquer pessoa, porque evita qualquer impacto", afirma o professor de reumatologia Jamil Natour, da Unifesp. Preso à borda da piscina por um cinto, o paciente fica imerso na água até os ombros e sem tocar o chão. A técnica traz resultados rápidos. De acordo com Assis, o paciente começa a apresentar melhora em um mês, mas, mesmo assim, deve manter a medicação.

Casos de gravidez entre brasileiras de 15 a 19 anos aumentaram 12,5% nos últimos dez anos

Colinho pós-parto É o chamado efeito canguru: bebês que, ainda na sala do parto, são colocados sobre o tórax da mãe logo depois que nascem e são limpos pelas enfermeiras dormem melhor e são mais tranqüilos. Esse foi o resultado de estudo da Universidade de Haifa, em Israel, feito com 47 pares de mães e filhos. No estudo, os recém-nascidos ficaram em contato com a pele das mães por uma hora.

Longevidade de escritor Após analisar os dados de 1.987 escritores dos Estados Unidos, da China, da Turquia e da Europa Oriental, o pesquisador James Kaufman, da Universidade Estadual da Califórnia (EUA), concluiu que os poetas vivem menos -em média, 62 anos. Os que vivem mais são os escritores de não-ficção (68 anos), seguidos pelos novelistas (66 anos) e pelos autores teatrais (63 anos).

Laticínios na balança A dieta era a mesma -500 calorias por dia-, mas o resultado foi bem diferente: a perda de peso foi quase duas vezes maior entre os voluntários que ingeriram mais leite, iogurte e queijo, registrou estudo da Universidade do Tennessee (EUA) com 32 adultos obesos. Esses voluntários comiam de três a quatro porções diárias de laticínios -desnatados ou não.

Suplemento para mulher Mulheres com insuficiência de ferro têm mais dificuldade para aprender ou executar tarefas que exijam atenção e memória. Após um mês tomando suplementos desse mineral, porém, elas apresentam desempenho semelhante às demais, sugere pesquisa realizada na Universidade Estadual da Pensilvânia (EUA) e que envolveu 113 mulheres de 18 a 35 anos.

Exercício para a memória A Universidade Cruzeiro do Sul, de São Paulo, abriu as inscrições para a Oficina da Memória, programa gratuito que visa melhorar a capacidade de memorização de pessoas com 50 anos ou mais com problemas de esquecimento. Mais informações pelo telefone 0/xx/11/6137-5743.

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