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inspire, respire, transpire
Nova aula mistura pilates e windsurfe
Aparelho formado por roldanas
e cabos permite realizar cerca
de 15 mil exercícios, incluindo simulações de vários esportes
CRISTINA TARDÁGUILA FERREIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO
Praticar windsurfe sem
entrar no mar, natação sem mergulhar na
piscina, boxe sem subir no ringue e golfe sem estar
no campo é a nova proposta em
academias de ginástica do Rio.
A novidade é o kinesis, técnica
de condicionamento físico que
se assemelha ao pilates e que
foi importada da Itália.
Composto por quatro estações (alfa, beta, gama e delta), o
kinesis é um aparelho aparentemente simples formado por
roldanas e cabos de até três metros de comprimento.
Com ele, é possível realizar
cerca de 15 mil exercícios, entre
os quais as simulações dos mais
diferentes esportes.
"O kinesis nos dá bem mais
possibilidades de movimento
do que os aparelhos de uma sala
de musculação tradicional. Nele, o aluno tem plena liberdade
de movimentação. Pode fazer o
exercício sentado, deitado, de
pé, correndo, usando uma bola,
um step e muito mais. É extremamente completo", explica
Alessandro Sampaio, professor
de educação física da academia
Rio Sport Center, que fica na
Barra da Tijuca (zona oeste).
Para começar a praticar a nova modalidade, não é necessário estar em forma. "Como o
aparelho se adapta ao aluno,
tanto em termos de tamanho
quanto de grau de dificuldade,
qualquer um pode se exercitar
nele após ter feito uma avaliação física. Nós trabalhamos
tanto com atletas profissionais
quanto com pessoas que só estão mesmo querendo queimar
calorias", diz o professor.
Diferentemente do pilates e
do gyrotonics, o kinesis não
funciona com tensão elástica e
de molas. São placas de peso, e o
trabalho feito nele tanto pode
ser contabilizado por tempo
quanto por repetições.
Para obter um bom resultado, o professor carioca sugere
que os exercícios sejam feitos
pelo menos três vezes por semana e que cada série tenha
cerca de uma hora de duração.
"O kinesis também é interessante porque, por ser totalmente adaptável, evita que o aluno
desenvolva LER (lesão por esforço repetitivo) ou se machuque com as angulações exageradas que observamos em alguns aparelhos tradicionais",
afirma o ortopedista Carlos
Henrique Bittencourt, que costuma acompanhar bailarinas e
corredores profissionais lesionados nas aulas de kinesis.
Como o aparelho é muito
maleável, ressalta o médico, é
importante que o professor
acompanhe o aluno de perto
para evitar que ele erre ao realizar um determinado movimento. Por isso, as turmas de kinesis costumam ter apenas cinco
alunos de cada vez, o que permite um atendimento quase
personalizado.
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