São Paulo, quinta-feira, 29 de junho de 2006
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Nova aula mistura pilates e windsurfe

Aparelho formado por roldanas e cabos permite realizar cerca de 15 mil exercícios, incluindo simulações de vários esportes

CRISTINA TARDÁGUILA FERREIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

Praticar windsurfe sem entrar no mar, natação sem mergulhar na piscina, boxe sem subir no ringue e golfe sem estar no campo é a nova proposta em academias de ginástica do Rio. A novidade é o kinesis, técnica de condicionamento físico que se assemelha ao pilates e que foi importada da Itália.
Composto por quatro estações (alfa, beta, gama e delta), o kinesis é um aparelho aparentemente simples formado por roldanas e cabos de até três metros de comprimento.
Com ele, é possível realizar cerca de 15 mil exercícios, entre os quais as simulações dos mais diferentes esportes.
"O kinesis nos dá bem mais possibilidades de movimento do que os aparelhos de uma sala de musculação tradicional. Nele, o aluno tem plena liberdade de movimentação. Pode fazer o exercício sentado, deitado, de pé, correndo, usando uma bola, um step e muito mais. É extremamente completo", explica Alessandro Sampaio, professor de educação física da academia Rio Sport Center, que fica na Barra da Tijuca (zona oeste).
Para começar a praticar a nova modalidade, não é necessário estar em forma. "Como o aparelho se adapta ao aluno, tanto em termos de tamanho quanto de grau de dificuldade, qualquer um pode se exercitar nele após ter feito uma avaliação física. Nós trabalhamos tanto com atletas profissionais quanto com pessoas que só estão mesmo querendo queimar calorias", diz o professor.
Diferentemente do pilates e do gyrotonics, o kinesis não funciona com tensão elástica e de molas. São placas de peso, e o trabalho feito nele tanto pode ser contabilizado por tempo quanto por repetições.
Para obter um bom resultado, o professor carioca sugere que os exercícios sejam feitos pelo menos três vezes por semana e que cada série tenha cerca de uma hora de duração.
"O kinesis também é interessante porque, por ser totalmente adaptável, evita que o aluno desenvolva LER (lesão por esforço repetitivo) ou se machuque com as angulações exageradas que observamos em alguns aparelhos tradicionais", afirma o ortopedista Carlos Henrique Bittencourt, que costuma acompanhar bailarinas e corredores profissionais lesionados nas aulas de kinesis.
Como o aparelho é muito maleável, ressalta o médico, é importante que o professor acompanhe o aluno de perto para evitar que ele erre ao realizar um determinado movimento. Por isso, as turmas de kinesis costumam ter apenas cinco alunos de cada vez, o que permite um atendimento quase personalizado.


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