12 a 16 anos

Desapegue, mamãe

	Marisa Cauduro/Folhapress
	Tatiana Pimenta, 41, Lucca, 12

O início da adolescência é uma fase que costuma ser marcada por grandes embates entre mães e filhos.

Isso acontece porque eles estão em um período de descoberta sobre eles próprios.

"A fase anterior é a última em que a criança tem a família e a casa como referência principal", conta Lino de Macedo, da USP. "Depois, os colegas, a identidade com o grupo e o time de futebol, por exemplo, competem com estas referências familiares."

Segundo Macedo, "eles têm que matar [a identidade com a família] para se descobrirem como pessoa, como membro de um grupo".

Para minimizar conflitos e aumentar a aproximação com os "rebeldes", a dica é se integrar às atividades que eles se interessam. Mas, só para lembrar, sem ser grudenta.

A empresária Tatiana Wolff Pimenta, 41, descobriu um programa que o filho Lucca, 12, adora: andar de bicicleta pelo centro paulistano.

Aos finais de semana, as ruas ficam tranquilas, e ela aproveita para mostrar para o filho construções históricas e monumentos. "É uma fase em que ele não quer mais fazer os programas só comigo, mas procuro atividades que podemos gostar de fazer juntos", conta a mãe.

Para Helena Singer, da Associação Cidade Escola Aprendiz, o interessante é conjugar o interesse de pais e filhos. Entra aqui atividades corriqueiras, como ler o mesmo livro ou ver um filme junto para discuti-los depois.

"Nessa idade, a criança anseia por ser grande, e as atividades ganham cara de aprendizagem formal", explica Luciane Motta, da Casa do Brincar. (TB E AK)