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Metrô perto rende nota alta ao Ipiranga

Bairro avalia bem transporte coletivo, como Sacomã; na periferia nota é baixa, mas melhora

DE SÃO PAULO

Vou de ônibus ou de metrô? O aposentado Antônio da Silveira Costa, 82, sempre faz a pergunta a si mesmo quando sai de sua casa no Ipiranga, na zona sul, em direção a outros lugares da cidade.

Para chegar à estação ou ao ponto, basta uma caminhada de dez minutos.

É essa "variedade" que deixa os moradores do bairro felizes da vida com os meios de transporte na região, segundo o Datafolha.

Quem vive no Ipiranga dá nota 8,1 às opções de transporte coletivo, patamar mantido em relação à pesquisa de 2008 (7,7). A nota é a mais alta entre os 22 distritos da região, cuja média é 6,4.

Costa, que vive no bairro há dez anos, deixa seu carro -que usa só aos finais de semana- na garagem e caminha até a estação Alto do Ipiranga na linha 2-verde, inaugurada em 2007.

Ali ele escolhe entre pegar os ônibus que passam pela avenida Doutor Gentil de Moura ou o metrô. "Tanto faz, os dois são rápidos", conta.

Dono de uma loja de bolsas e calçados, Tadeu de Nazaré Torrezi, 54, comemora tanto o movimento gerado pelo vaivém de passageiros ao lado da estação como a facilidade na hora de visitar seus clientes e fornecedores.

"Eu pego o metrô e chego rapidamente na região da Paulista. O bom é que não pego horários de pico, então, não tem nem lotação", diz.

A filha dele, de 19 anos, anda cinco quadras de casa ao metrô. Em cerca de 50 minutos, atravessa a cidade e chega à estação Butantã (zona oeste), perto da USP, onde estuda geologia. "A região é bem localizada. Com o metrô perto, não dá para reclamar", afirma Torrezi.

Em 2010, foi a vez do Sacomã, vizinho ao Ipiranga, ganhar sua estação. Não à toa, o distrito também avalia bem o serviço, e melhor do que em 2008, quando deu nota 6,6 ao transporte público. Neste ano, subiu para 7,2.

DO LADO DE LÁ

Quando se estendem os caminhos rumo ao extremo da zona sul, a avaliação do transporte coletivo cai bastante, mas vem melhorando em alguns bairros, revela o Datafolha. Grajaú e Capão Redondo, distritos da periferia, melhoraram suas notas.

Os moradores do Grajaú davam nota 4,2, agora dão 5,5. No Capão, a avaliação subiu de 5,4 para 6,5. A qualidade dos transportes cai no vizinho Jardim Ângela, onde a nota é 4,5, a pior entre todos os distritos nesse item.

"Não consigo achar o transporte bom. Se o trânsito emperra na Estrada do M'Boi Mirim, os ônibus ficam parados e lotados de gente", reclama o segurança Jackson Souza, morador do Jardim São Luís. Ali, a nota era 5,2. Agora é 6.

(GIBA BERGAMIM JR.)

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