São Paulo, sexta-feira, 01 de outubro de 2004

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No Rio, Maia e Conde trocam acusações pessoais

DA SUCURSAL DO RIO

Acusações mútuas de desonestidade entre o prefeito Cesar Maia (PFL) e seu ex-aliado Luiz Paulo Conde (PMDB) foram o momento mais tenso do debate entre os candidatos à Prefeitura do Rio de Janeiro, exibido pela Rede Globo ontem à noite.
Maia fez o primeiro ataque. Iniciou uma pergunta a Conde, na qual levantou suspeita sobre o aumento do faturamento das empresas do peemedebista no período em que ele foi prefeito do Rio (1997-2000). No começo da questão, Conde interrompeu Maia aos berros, mas seu microfone estava desligado. "Corrupto, mentiroso, mau caráter", gritou.
"O descontrole do sr. Conde mostra sua insegurança porque ainda nem fiz a pergunta", disse Maia. Retomou a questão afirmando que as empresas de Conde faturavam R$ 208 mil antes de ele ser prefeito e passaram a faturar R$ 6 milhões.
Conde afirmou que a acusação era uma mentira. Acusou o prefeito de morar em um prédio em São Conrado sem ter como pagá-lo. Disse que um assessor de Maia comprou dez apartamentos em um só dia em Botafogo.
A mediadora do debate da Globo, Leilane Neubarth, reclamou do nível da discussão e pediu que os candidatos debatessem propostas para a cidade.
Mais calmo, Conde pediu desculpas: "Sou um ser humano, não sou um ator. Tenho de reagir a essas mentiras. De vez em quando sou humano e saio dos trilhos".
Antes, Maia já havia dito que Conde era "ruim de conta". "Sou muito bom de conta porque administrei com qualidade a dívida que você deixou", rebateu Conde, que sucedeu Maia em 97.


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