|
Próximo Texto | Índice
centro
Pesquisa Datafolha revela o perfil do morador e da região
LUIZ CAVERSAN
DA REPORTAGEM LOCAL
Diversidade cultural, étnica e socioeconômica é a marca mais evidente. Do ponto
de vista urbano, a contradição: à fartura de
opções de comércio e serviço se opõem o
abandono e a sujeira de ruas e calçadas.
Exemplo dos paradoxos que São Paulo
exibe no ano de seu 450º aniversário, o trecho central da cidade é objeto de levantamento exaustivo do Datafolha, ponto de
partida para a realização deste caderno especial que circula na região.
Seguindo critérios estatísticos, o instituto dividiu o centro em duas partes. A primeira delas, denominada centro 1, reúne
os distritos Barra Funda, Bela Vista, Liberdade, República e Santa Cecília. A centro
2, Bom Retiro, Brás, Cambuci, Pari e Sé.
O pedaço mais próximo ao núcleo original da cidade ocupa apenas 2,3% do território total do município e abriga pouco
mais de 370 mil moradores.
Até as primeiras décadas do século 19,
São Paulo se restringia às proximidades da
Sé. Somente no final do século é que passaram a se desenhar os principais bairros.
Com o crescimento fabril, começaram a
se consolidar distritos industriais, com
grande concentração de imigrantes, como
Brás, Pari e Bom Retiro. Os Campos Elíseos foram a primeira área exclusiva para
elite, surgida em 1879.
No início do século 20, trechos como os
compreendidos pela Bela Vista e pela Barra Funda, conhecidas pelos moradores de
origem européia, foram também reduto
da população de origem africana.
Com a aceleração do crescimento desordenado, a região central sofreu uma série
de contratempos, passando então a enfrentar abandono e deterioração urbana.
Os dados inéditos revelados pela pesquisa oferecem uma visão global das áreas, de
suas vantagens, problemas, possibilidades
e carências. Bem como permitem saber
quem é, o que pensa, o que faz e o que consome o morador de cada uma delas.
Próximo Texto: Morador tem poder de compra mais elevado Índice
|