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RONDÔNIA
Ivo Cassol (PPS) se reelege no primeiro turno
JOÃO CARLOS MAGALHÃES
DA AGÊNCIA FOLHA
Em Rondônia, a apuração
das urnas confirmou as pesquisas eleitorais. O governador Ivo
Cassol (PPS) se reelegeu no primeiro turno. Ele obteve 54,14%
dos votos válidos.
Também candidatos ao governo do Estado, a senadora
Fátima Cleide (PT) teve 25,9%,
e Carlos Camurça (PSB), 12,5%.
O senador peemedebista Amir
Lando obteve 6,17% dos votos.
Cassol, além de ser investigado com autorização do STJ (Superior Tribunal Eleitoral) por
supostas irregularidades da
época em que era prefeito de
Rolim de Moura, também é citado em documento da Operação Dominó, ação da Polícia
Federal feita em agosto deste
ano que investigou o desvio de
cerca de R$ 70 milhões de recursos públicos no Estado.
A reportagem não conseguiu
localizar Cassol ontem. Durante a apuração, ele ficou em casa
com sua família.
Carlos Magno, seu ex-candidato a vice -que também ocupou a chefia da Casa Civil no
governo-, chegou a ser preso
durante a operação. Dos 24 deputados da Assembléia, 23 são
investigados ou suspeitos.
Destes 23, ao menos quatro
se reelegeram: Marcos Donadon (PMDB), Kaká Mendonça
(PTB), Chico Paraíba (PMDB)
e Mauro de Carvalho (PP). Carvalho, conhecido como Maurão, foi preso ontem acusado de
compra de votos.
Carlão de Oliveira (PPS), ex-presidente da Assembléia, que
está preso no Centro de Correição da Polícia Militar em Porto
Velho por envolvimento no esquema, não voltará à Casa.
Segundo as investigações da
PF, o esquema usava uma lista
paralela de funcionários fantasmas da Assembléia para fazer o desvio de recursos.
Na corrida pelas vagas na Câmara Federal, Natan Donadon
(PTB), investigado por suposto
desvio de recursos públicos da
Assembléia quando era deputado, em 2003, ficou em quarto
lugar. Já Nilton Capixaba
(PTB), acusado de participar do
escândalo do mensalão e da
máfia dos sanguessugas, não foi
reeleito. Ele nega participação.
Senado
No Senado, o vencedor foi
Expedito Júnior (PPS), aliado
de Cassol na coligação O Trabalho Continua. Ele obteve 39,5%
dos votos. As últimas pesquisas
já previam sua vitória. Ele entrará no lugar de Amir Lando.
Cassol é o primeiro governador a se reeleger no Estado. Nas
últimas semanas de campanha,
ele entrou em polêmica com o
bispo Antônio Possamai, da
Diocese de Ji-Paraná, que confeccionou cartazes relacionando o governador aos 23 deputados suspeitos de participar da
máfia desbaratada pela PF.
Os cartazes têm foto de Cassol e de outros suspeitos e incitam o eleitor a não votar em envolvidos com corrupção. A circulação dos cartazes foi alvo de
representações eleitorais de
ambos os lados.
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